06 de Maio de 2024 • 21:55
Vinte detidos da cadeia anexa ao 5º Distrito Policial de Santos foram transferidos ontem para o Centro de Detenção Provisória (CDP) de São Vicente. Na noite da última quinta-feira, a cadeia estava com 70 detentos e um carcereiro foi mantido refém por mais de quatro horas.
O funcionário só foi libertado após negociações dos detentos com representantes da Polícia Civil e do Poder Judiciário. Uma das exigências dos presos para a libertação do carcereiro foi a entrada da Imprensa na cadeia, o que ocorreu logo após a soltura do refém. Os detidos reclamaram da superlotação e da falta de infraestrutura do local.
A cadeia tem capacidade para apenas 24 presos. A superlotação ocorre em virtude da greve de funcionários do sistema penitenciário do Estado.
Desde o dia 10 de março, 16 mil agentes estão com os braços cruzados, o que impede transferências de detentos de delegacias para centros de detenção e penitenciárias.
O delegado seccional de Santos, Rony da Silva Oliveira, afirma que a única solução para a resolver o problema de superlotação no 5º DP de Santos e demais cadeias da Baixada Santista é o fim da greve dos agentes penitenciários. “Eu tenho esperança que isso se resolva logo”, disse. Oliveira ressaltou que o 5º DP é uma cadeia de trânsito de presos, onde os presos ficam poucos dias até serem transferidos para o sistema prisional.
“Essa cadeia tem uma média de 20 presos. Quando eu tenho 20, num local que comporta 24, eu tenho uma boa condição”, afirma o delegado.
A manutenção de presos no distrito da Zona Noroeste gera queixas há muitos anos de moradores daquela região. “O ideal seria que eles (presos) entrassem direto no sistema penitenciário”, afirma o delegado Rony Oliveira.
Cotidiano
O caso aconteceu na Avenida Marechal Floriano Peixoto, no Gonzaga
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O criminoso foi levado à delegacia e permanece à disposição da Justiça.