X

Polícia

Padre é condenado à prisão por molestar criança nio interior de São Paulo

O padre Osvaldo Donizeti da Silva foi condenado a cumprir 9 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 12/12/2013 às 18:40

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

O padre Osvaldo Donizeti da Silva, de Sales (SP), a 458 quilômetros de São Paulo, foi condenado a cumprir 9 anos e 4 meses de prisão, em regime fechado, por molestar uma criança de 11 anos durante ritual de primeira eucaristia, na Igreja São Benedito, onde era responsável e a menina também atuava como coroinha. A decisão é do juiz Renato Soares de Melo Filho, da Comarca de Urupês (SP), onde o caso foi julgado. Melo Filho também rejeitou que padre Osvaldo responda pelo crime em liberdade. Ele está detido em prisão preventiva decretada por Melo Filho em julho. A defesa anunciou que recorrerá e contesta a versão apresentada pela Justiça.

De acordo com os autos, em 1º de maio, a menina foi retida numa sala por padre Osvaldo, quando ficou a sós com ele no ritual da eucaristia. Após a confissão, padre Osvaldo a teria abraçado, segurado nas nádegas e beijado a boca da menina. Depois de tirar a estola religiosa, ainda teria pedido para que a menina o acariciasse nas partes íntimas e, em seguida, sentasse no colo. Mas uma das amigas dela, que a esperava do lado de fora, abriu a porta da sala. A menina, então, valeu-se de um susto do padre para fugir. Segundo o juiz, a criança ainda teve de mentir, dizendo que o pai estava do lado de fora da sala, para se livrar das investidas de padre Osvaldo.

A defesa do sacerdote discorda dos autos e diz que ele, que é réu primário e tem bons antecedentes, só está preso por causa da profissão. Conforme o advogado Ribamar de Souza Batista, o padre foi mal interpretado no carinho demonstrado para a menina. "Não houve nenhuma carícia que pudesse ser um ato libidinoso. É uma injustiça que cometem com meu cliente só por ser padre", afirmou.

Na análise de Batista, a prisão preventiva do padre - que teve de comparecer com pés e mãos algemados em audiência - também é injusta. "Meu cliente tem bons antecedentes e estava afastado das funções desde a divulgação do caso, não havia motivo nenhum para ser preso preventivamente", disse. Ele também contesta a restrição imposta ao presbítero de não recorrer em liberdade. "Como ele pode ser um risco a alguém se ele nunca cometeu crime algum, se é primário?", questiona. Por isso, na avaliação de Batista, além da apelação, a defesa entrará no Tribunal de Justiça (TJ) com pedido habeas corpus requerendo que padre Osvaldo responda em liberdade.

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

Variedades

Daisy Ridley acha uma razão para sua vida em trailer de 'Às Vezes Quero Sumir'

Lançamento está previsto para maio, nos cinemas nacionais

Cubatão

Passeio Ciclístico do Casqueiro 'Bike é Vida' ocorre neste domingo (28), em Cubatão

Kits serão entregues no próprio dia 28, às 7h, no mesmo local onde ocorrerá o evento

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter