Merkel e Hollande enfatizam compromisso para conter mudanças climáticas

Os dois líderes europeus disseram que estão empenhados no objetivo de limitar aumentos na temperatura global para pelo menos 2 graus Celsius, comparados aos níveis pré-industriais

19 MAI 2015 • POR • 17h29

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, François Hollande, estão empenhados em conter mudanças climáticas. Reunidos hoje em Berlim para a preparação para a Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, que acontece este ano, os dois confirmaram o compromisso com a agenda ambiental.

Em comunicado conjunto, os dois mandatários europeus afirmam que seus países "estão firmemente decididos a adotar todos os esforços necessários para atingirem um acordo climático para as Nações Unidas ambicioso, abrangente e vinculante no fim deste ano em Paris". As negociações iniciais, em Berlim, envolvem 35 países. A cúpula de Paris em dezembro visa evitar mudanças climáticas e o aumento de temperaturas globais, que os cientistas afirmam ser amplamente influenciadas pelas emissões de carbono.

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Os dois líderes europeus disseram que estão empenhados no objetivo de limitar aumentos na temperatura global para pelo menos 2 graus Celsius, comparados aos níveis pré-industriais. Para atingir esse objetivo, eles afirmam ser necessária uma mudança nos investimentos, para infraestrutura e tecnologia de baixa emissão de carbono, bem como um uso ambientalmente correto da terra.

Eles ainda afirmam que países já ameaçados por "riscos inevitáveis e danos crescentes por mudanças climáticas" precisam ser fortalecidos em sua capacidade de resistir a esses problemas.

Merkel fez da proteção climática um dos pontos-chave de sua agenda de governo. O tema deve ser o foco da Alemanha na cúpula do G7, que acontece no Estado alemão da Baviera no mês que vem. Sob a liderança de Merkel, a Alemanha tem aumentado investimento em energias renováveis em substituição à nuclear, mas críticos afirmam que tais reformas ainda não são suficientes. O governo de Merkel planeja um dos mais ambiciosos planos de investimentos em energia renovável do mundo, para que esse tipo de energia represente entre 40% e 45% do total consumido na Alemanha, quando atualmente esse nível não chega a 25%.