Faculdade Praia Grande oferece assistência jurídica gratuita à população

O serviço funciona no Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) do curso de Direito, reconhecido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB)

14 ABR 2015 • POR • 18h15

A Faculdade Praia Grande oferece assistência jurídica gratuita à população de baixa renda, residente no Município. O serviço funciona no Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ) do curso de Direito, reconhecido pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O atendimento é realizado por alunos a partir do 7º semestre do curso de Direito, nas segundas-feiras, das 13 às 19h; e aos sábados, das 9 às 16h30. A Faculdade se localiza na Avenida Presidente Kennedy, 4.000, Bairro Aviação. Informações: (13) 3476-8888.

"O NPJ é importante para melhorar o ensino jurídico e capacitar o aluno ao exercício profissional. Este trabalho, no entanto, vai além do interesse acadêmico. Tem um grande alcance social e contribui para democratizar o acesso à justiça. As instituições de ensino têm que atender as demandas da sociedade, principalmente as necessidades das famílias menos favorecidas”, destaca o diretor da Faculdade Praia Grande, Braz Bello Júnior.

Leia Também

Manifestação contra Dilma reúne cerca de 1,5 mil

Entre jovens, maioria lê notícias de modo ‘acidental’

Oficina de fotografia tem inscrições abertas em Praia Grande

Mais de 286 mil veículos utilizaram as rodovias do SAI para ir ao litoral

Prefeitura de Praia Grande convoca candidatos para estágio remunerado

O atendimento do NPJ é para pessoas com renda de até dois salários mínimos. É necessário apresentar os documentos pessoais (RG, CPF, certidão de nascimento, casamento) e o comprovante de endereço atualizado. O público tem acesso à assistência jurídica nas áreas do Direito Civil, Trabalhista, Comercial, Família, Consumidor e Juizado Especial.

Implantado em agosto de 2014, o NPJ registrou, até o mês de março, 52 processos. Atualmente, 15 estagiários prestam o atendimento, sob a supervisão da coordenadora do órgão, Ana Paola Lucato; e da advogada assistente, Kátia Maria Piazza. Dois professores - bacharéis em Direito - também acompanham o trabalho. A carga horária do estágio é de 600 horas.

No NPJ, o estagiário aprende a atuar como operador do Direito. Faz o primeiro atendimento, solicita os documentos, monta o processo e acompanha o andamento da ação. O prazo entre a abertura de processo e a distribuição é de no máximo 30 dias. “Diante de situações reais, o estagiário terá que analisar cada caso, propor soluções, aplicar corretamente os conhecimentos adquiridos durante o curso, redigir o documento jurídico adequado e acompanhar o andamento dos processos, sob a supervisão de professores e profissionais do Direito”, explica a coordenadora do Núcleo, Ana Lucato.

Ela acrescenta que, no segundo semestre, a Faculdade Praia Grande planeja instalar uma câmara de conciliação e arbitragem, nas áreas Civil e Trabalhista. O atendimento será realizado exclusivamente por profissionais do Direito. "O objetivo desse serviço é buscar o acordo entre as partes, evitando o processo judicial", disse.

Thais Bueno Battistini, trabalha como supervisora de unidade de saúde, em Praia Grande. Aluna do 7º ano do curso de Direito, ela cumpre o estágio obrigatório, aos sábados, atendendo a população no NPJ. "É uma ponte entre a teoria, que aprendemos em sala de aula, e a realidade. No estágio, é possível identificar melhor as nossas dúvidas. Quando iniciei o estágio, tive a sensação de que não sabia nada. Mas, com a experiência, no dia a dia, vamos consolidando mais o que aprendemos", ressalta a estudante que almeja trabalhar na Promotoria Pública ou exercer a advocacia em outros órgãos públicos.

O corretor de imóveis, Robson Freitas Lopes, também está no 7º semestre. "Na imobiliária, eu já me deparo com muitas situações que exigem conhecimento nas áreas do Direito Civil e Imobiliário, por exemplo. Por isso, o estágio ajuda muito porque aprendemos, na prática, a estudar um caso, montar uma peça processual. O que aprendemos na sala de aula transformamos em prática", disse.

A secretária acadêmica, Norma Samanta Colhado, procurou o NPJ porque deseja alterar o próprio nome. Sem expor o motivo, ela explicou que decidiu que será apenas Samanta Colhado, excluindo o "Norma" da certidão de nascimento. "O serviço é bem rápido. Estou muito satisfeita".