Com prédios de papelão, Japonês ganha ‘Nobel’ da arquitetura

As técnicas surpreendentes de Shigeru Ban também estão presentes em seus trabalhos privados e públicos

16 MAI 2014 • POR • 16h06

Linhas elegantes, simplicidade no desenho, uso de materiais como papel e papelão, paredes de cortina, ou mesmo parede nenhuma. Estas são algumas das características mais notáveis do trabalho do arquiteto japonês Shigeru Ban, e foi graças a elas que Ban ganhou o Prêmio Pritzker de 2014, considerado o Nobel da arquitetura mundial. Segundo um comunicado do júri da premiação, “sua abordagem criativa e inovação, especialmente em relação a materiais e estruturas de construção, e não meramente boas intenções, estão presentes em todos os seus trabalhos”.

As “boas intenções” que o comunicado cita se referem ao trabalho humanitário de Ban, que, desde 1994 – quando fez abrigos com papel para os refugiados da guerra em Ruanda –, tem criado estruturas de emergência nas mais diversas regiões afetadas por desastres humanos ou naturais. Em 1995, por exemplo, depois do terremoto que devastou a cidade japonesa de Kobe, Ban criou casas de papelão para os desabrigados. O arquiteto ainda fez uma impressionante catedral de tubos de papel para servir de centro cívico para os moradores da cidade.

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As técnicas surpreendentes do arquiteto japonês também estão presentes em seus trabalhos privados e públicos. “Na Naked House, ele conseguiu questionar a noção tradicional de ambientes e, consequentemente, de vida doméstica, e, ao mesmo tempo, criar uma atmosfera translúcida, quase mágica”, afirmou o júri da premiação no mesmo comunicado. Tratase, na verdade, de uma residência, no Japão, sem nenhuma divisória.

Outra obra surpreendente é a Curtain Wall House, casa com dois andares cujas paredes externas são cortinas, que podem ser abertas ou fechadas conforme o desejo do morador. De certa forma, Ban expandiu o conceito em um prédio cujas paredes da fachada também podem ser completamente abertas.