Comissão de vereadores quer evitar o fechamento do IML de Praia Grande

Grupo quer que local seja mantido, pelo menos durante a temporada, até que terreno seja cedido para construção de novo espaço

25 NOV 2013 • POR • 15h44

Com o intuito de evitar que Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande seja fechado e que os serviços sejam transferidos para Santos, uma Comissão Especial de Vereadores (CEV) atua na Câmara Municipal de Praia Grande. Presidida pelo vereador Paulo Emílio de Oliveira (PRB), a CEV conta com os parlamentares Roberto Andrade e Silva (PMDB) e Marco Antonio de Sousa (PMN). A iniciativa tem ainda respaldo de demais membros, inclusive do presidente da Casa, vereador Sergio Luiz Schiano de Souza, o Serginho Sim (PSB).

Nesta segunda-feira (25), a CEV esteve reunida e deliberou a realização de outros encontros com autoridades ligadas ao tema, como a superintendente da Polícia Técnico-Científica (SPTC), Norma Sueli Bonaccorso, e a Promotora Pública do Município, Ana Frigério Molinari, em busca de informações para promover os ajustes necessários. O grupo está reunindo documentos, como o levantamento estatístico de atendimentos do IML por cidades, que demonstram a necessidade de manter o atendimento para suprir a demanda de toda a Região.

Leia Também

Cerca de 112 mil alunos farão provas do Saresp 2013 na Baixada Santista

Três cidades da Baixada Santista em estado de alerta contra dengue

Apenas três cidades da região mantêm um banco de sangue

Teto de loja desaba e mata uma pessoa em Praia Grande

Praia Grande deve ter Centro de Hemodiálise em 2014

A intenção do grupo, a princípio, é que o local permaneça em funcionamento, pelo menos até o final da alta temporada de verão. Outra proposta é a construção de novas instalações para o posto do IML, em terreno de 1.500 metros quadrados, próximo ao Cemitério Morada da Grande Planície, que deve ser cedido pela Administração Municipal.

Segundo o Ministério Público, o prédio do IML de Praia Grande tem problemas estruturais que colocam em risco a vida dos funcionários e da população. O MP mandou que fossem realizados reparos no local, mas a Secretaria de Segurança Pública, que é responsável pelo IML, decidiu transferir o serviço para Santos a partir de janeiro.

“Há processo administrativo, que segue em andamento para garantir a doação de área de 1.500 metros quadrados para a construção de novo espaço. Já as atuais instalações, sofreram algumas correções solicitadas pelas auditorias realizadas pelas secretarias de Saúde do Estado e do Município e do Conselho Regional de Medicina, possibilitando assim, o funcionamento do mesmo até a construção de novas instalações”, argumento Paulo Emílio, que preside a CEV.

O IML de Praia Grande funciona em um prédio na Vila Antártica desde 1985 e atende sete cidades, desde a região da Área Continental de São Vicente até a cidade de Pedro de Toledo, no Vale do Ribeira. O IML de Praia Grande faz cerca de 70 necrópsias e 500 exames de corpo de delito por mês.  “A permanência do IML em Praia Grande é fundamental, principalmente pela localização geográfica, que atende ainda as cidades do Litoral Sul. Outro aspecto a ser considerado é que uma das pontes (Ponte Pênsil), que liga a região a Santos está fechada para reforma, com previsão de liberação para daqui um ano, o que torna o acesso ao posto de Santos extremamente difícil”, relatou Paulo Emílio.

O presidente da Câmara, Serginho Sim destacou a questão dos presidiários, que também são atendidos no local. De acordo com estatísticas da Polícia Cientifica, metade das pessoas que vão até o IML para passar por exames são do Centro de Detenção Provisória (CDP) da Cidade. Para se ter uma ideia, durante os meses de dezembro de 2012 e janeiro e fevereiro de 2013, foram realizados 1.991 atendimentos. Destes, 1.069 eram de Praia Grande e 692 foram de presidiários.

“Para poder fazer um exame de corpo de delito, é necessário que haja escolta militar. Então, a Polícia Militar precisará levar o detendo até Santos e depois levá-lo de volta para a Praia Grande. Se o policial militar hoje fica duas ou três horas a disposição do detento para fazer o corpo de delito, indo para Santos, na temporada e com o trânsito complicado, ele vai ficar o dia inteiro. Nós vamos ficar sem segurança”, finalizou Serginho Sim.