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Novos serviços no Teatro Coliseu vão consumir mais R$ 5,4 milhões

Não removidas para a obra, cadeiras e cortinas terão de ser trocadas a um custo adicional de R$ 5,4 milhões

1 MAR 2024 • POR Nilson Regalado e Carlos Ratton • 07h30
Prefeitura pretende abrir dois novos processos licitatórios ao final do contrato atual - IGOR DE PAIVA/DL

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Como as poltronas acolchoadas dos camarotes, as cadeiras aveludadas das galerias e as cortinas do palco não foram removidas antes do início das obras em curso no Coliseu, será preciso comprar um novo mobiliário para o Teatro. E isso será feito antes que o espaço cultural seja, definitivamente, reaberto ao público.

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Na verdade, a Prefeitura pretende abrir dois novos processos licitatórios ao final do contrato atual, que foi firmado em 2019 e prevê, exclusivamente, obras de engenharia. As duas futuras licitações vão selecionar os fornecedoras desses bens móveis e, também, dos serviços de pintura interna e restauração das obras de arte existentes no prédio. Assim, é provável que o Coliseu complete 100 anos de existência, em 21 de junho, sob tapumes e andaimes. E fechado ao público. Só uma das futuras licitações vai consumir mais R$ 5,5 milhões em verbas públicas.

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Tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat) desde 1983, o equipamento cultural já passou por três interdições para obras, desde 1996. Nestes 28 anos, o Coliseu só esteve aberto ao público durante 12 anos.

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Segundo a Diretoria de Comunicação da Prefeitura, “por serem obras com serviços complexos, as intervenções de reforma e restauro no Teatro Coliseu foram planejadas em etapas”.

E “a primeira etapa, em execução, previu o restauro das fachadas e todos os telhados, pintura do prédio anexo, atualização do sistema de para-raios e modernização do sistema de iluminação cênica da fachada, além da cobertura do palco e recuperação do terraço da fachada”.

Ainda de acordo com a Diretoria de Comunicação, também está incluída no projeto da primeira etapa de obras “a recuperação da calçada do entorno, em concreto desempenado, no padrão Calçada para Todos, entre outros itens. Os serviços são realizados sob fiscalização da Secretaria de Infraestrutura e Edificações”.

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Já a segunda etapa de obras no Teatro Coliseu “contempla a modernização da caixa cênica, com reforma do urdimento, e também das varas cênicas, adequações de acessibilidade, substituição de todas as cortinas do teatro e algumas intervenções de obra civil como pinturas e reparos nos forros”.

E a Prefeitura afirmou que os recursos para a segunda etapa estão garantidos: “Foi aprovado e assinado convênio junto ao Governo do Estado por meio do Dadetur, no valor de R$ 5 milhões, com contrapartida do Município de R$ 461.578,54. O Dadetur é o Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos.

O processo da licitação para contratar a empresa que vai executar a obra da segunda etapa está em fase final de edição do edital para futura publicação do processo, através da nova Lei de Licitações n° 14.133.

Já a proposta da terceira etapa no Coliseu segue em elaboração no Departamento de Planejamento de Obras da Secretaria de Infraestrutura e Edificações. A terceira etapa envolve o restauro das pinturas decorativas internas (paredes e forro), além da substituição do mobiliário da plateia, itens previstos pelo autor do projeto de restauro.