Brechó tem clientes fiéis em Itanhaém

Espaço possui uma variedade de roupas femininas e infantis, a preços acessíveis que variam de R$ 5 a R$ 20 reais

20 JUN 2022 • POR Nayara Martins • 07h26
Calças, agasalhos, e roupas infantis são algumas das peças vendidas - Nayara Martins/ DL

Uma variedade de roupas femininas e infantis, além de alguns modelos de sapatos, bolsas e peças de artesanato oferecidos a preços acessíveis. Esse é o espaço do “Meu Brechó”, montado pela moradora Maria Lucília Ferreira Yoshikawa, de 61 anos, no bairro Jardim Mosteiro, em Itanhaém. 

Funcionando há cerca de nove meses, o espaço possui roupas femininas como calças, agasalhos, blazers, camisas, blusas de verão, vestidos e roupas infantis, todas em bom estado. Atualmente, o estoque do brechó conta com mais de mil peças.

Leia Também

Festa de Santo Antônio atrai bom público em Itanhaém

Trilha ecoturística em Itanhaém terá primeira rampa de acessibilidade da Baixada Santista

Instituto Sócrates Guanaes reassume a gestão do Hospital Regional de Itanhaém

Os valores variam de R$ 5 a R$ 20,00. Já os preços das peças que as pessoas deixam em consignação para vender no local, são determinados por cada uma.   

“Sempre gostei de comprar e usar roupas de brechó, pois nunca tive preconceito. Como tinha um espaço bom na edícula que não ocupo e nem alugo, resolvi abrir o comércio na minha casa”, explica Lucília. 

Ela lembra que comprou várias peças de roupas, mas também recebeu muitas doações de amigos. Além de algumas pessoas que deixam roupas e sapatos para serem vendidos. 

“Apesar de abrir no período da pandemia da Covid-19, nunca deixei de atender os clientes e sempre tomei os cuidados necessários, como o uso de máscara e álcool”, lembra. 

Lucília diz ainda que já possui um clientela bastante fiel, de pessoas conhecidas da Cidade. 

“Elas já sabem que as mercadorias novas chegam uma vez por semana e vêm pra ver. Moro em Itanhaém há mais de 50 anos e tenho muitos amigos, tudo isso facilitou para abrir o brechó”, destaca.   

Porém, o espaço não atende de porta aberta, somente com horário marcado. “Atendo as clientes de domingo a domingo, durante o dia e à noite, pois muitas pessoas trabalham durante o dia e não têm tempo de vir”. 

Neste período do ano, com a aproximação do inverno, as roupas de frio são as mais procuradas, como calças jeans, casacos e agasalhos. 

“Estou vendendo muitas roupas de inverno e já estão em falta, pois a procura está muito grande. As pessoas não esperavam, em pleno outono, passar por um inverno rigoroso desses”, ressalta.
Brinde

Outra novidade é que a cada cinco peças de roupas compradas, as clientes ganham uma de brinde. No espaço, elas podem experimentar as roupas no provador e verificar se serviu em um espelho. 

“A vantagem do brechó em relação às lojas é que são oferecidas peças únicas, não tem duas camisas ou calças iguais e isso facilita na escolha do cliente”, frisa.
A divulgação das roupas tem sido feita por meio do Facebook e também por fotos pelo Whatsaap.

“Assim que chegam as peças novas, como conheço o gosto de cada uma, já aviso e mando as fotos”, completa.  
Planos   

Sobre os planos futuros, a ideia de Lucília é ampliar um dos espaços na edícula, que ainda não está sendo ocupado. “Vou adquirir peças novas, mas que serão vendidas a preços de brechó, num futuro próximo”, conta.  

Lucília já havia vendido roupas novas em sua própria casa, há alguns anos atrás. Ela também trabalhou em alguns comércios. 

Para conhecer o brechó, os interessados podem entrar no Facebook (Lu Yoshikawa) ou fazer contato com Lucília e agendar o dia e horário da visita, por meio do telefone 13 99703.3159. 

Os brechós de roupas e calçados são antigos e são uma oportunidade de adquirir roupas e calçados a preços mais acessíveis. No Brasil, o primeiro brechó surgiu no século XIX, quando um mascate chamado Belchior ficou conhecido por vender roupas e objetos de segunda mão, no Rio de Janeiro. 

Um dos mais famosos foi o da cantora Maysa Monjardim, em Copacabana, no Rio, nos anos 1970. Os primeiros surgiram na Europa, também no século XIX, onde se podia comprar e vender tudo em feiras livres.