14 de Outubro de 2024 • 05:33
A vacinação vai priorizar as regiões próximas aos dois parques em que foram encontrados macacos infectados / Agência Brasil
A prefeitura de São Paulo anunciou que pretende vacinar 2,5 milhões de pessoas contra a febre amarela nas próximas semanas. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o número de Unidades Básicas de Saúde (UBS) que vão oferecer a imunização será ampliado de quatro para 33 a partir de amanhã (25).
A decisão foi tomada após a confirmação de que um macaco do tipo bugio foi encontrado morto no Horto Florestal, na Serra da Cantareira, zona norte da capital, foi vítima da doença. São esperados os resultados de exames realizados em outros dois animais.
A Serra da Cantareira é uma vasta área coberta por vegetação natural com grande população de várias espécies de macacos. Desde o dia 20, as duas grandes áreas públicas da região, o Horto Florestal e o Parque da Cantareira, foram fechadas à visitação depois que foi confirmada a contaminação num dos animais.
“Nossa expectativa é vacinar 500 mil pessoas na primeira fase de imunização, outras 500 mil na segunda e mais 1,5 milhão na terceira, totalizando 2,5 milhões”, explica Wilson Pollara, secretário municipal da Saúde. “Teremos vacina suficiente para toda a população que precisa ser imunizada. Não há motivo para pânico”, completou. Nesta terça-feira (24), São Paulo deve receber um lote de 500 mil doses.
Segundo balanço parcial divulgado pela secretaria, de sábado (21) até agora foram imunizadas emergencialmente 12 mil pessoas na região do Horto. No entanto, desde setembro a prefeitura vinha vacinando preventivamente os moradores da região. Nas quatro UBS do distrito Anhanguera, que começaram a dar a vacina no mês passado, 35 mil doses já haviam sido aplicadas.
Nesta primeira fase, serão vacinadas crianças com idade a partir de 9 meses que residam num perímetro de até 500 metros das margens dos dois parques. Na segunda etapa, o limite será ampliado para 1000 metros e a terceira fase dependerá de nova avaliação epidemiológica.
A febre amarela silvestre, que foi identificada no bugio, é transmitida pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, comuns em regiões de mata. A transmissão para humanos ocorre a partir dos mosquitos, e não dos macacos.
Em abril deste ano, o governo brasileiro adotou orientações internacionais e passou a recomendar apenas uma dose da vacina contra a febre amarela durante toda a vida. As pessoas que já se vacinaram quando eram bebê e têm a carteira com a comprovação, não precisam mais tomar a dose chamada de “reforço”, após os 10 anos.
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