05 de Maio de 2024 • 20:40
'TOC, TOC, TOC...'
Ministro de Lula usou as redes para justificar a postagem na conta oficial do governo vista como indireta à operação da PF que mirou Carlos Bolsonaro
Paulo Pimenta / Divulgação/Câmara dos Deputados
Após uma série de críticas (e também elogios), o ministro Paulo Pimenta (PT) usou as redes sociais na tarde desta segunda-feira para justificar uma suposta indireta feita pela conta institucional do governo brasileiro nas redes sociais à operação da Polícia Federal que mirou o vereador carioca Carlos Bolsonaro por suspeita de fazer parte do esquema conhecido como “Abin paralela”.
“É difícil para quem raciocina em uma linguagem analógica tradicional entender o papel dos algoritmos nas ‘janelas de oportunidades e fluxos’ que a comunicação digital precisar considerar. É como se tivesse um trem em alta velocidade passando. Se eu ficar na frente sou atropelado. Se eu embarco junto, viajo na velocidade do trem, e levo junto a minha mensagem”, escreveu Pimenta, que comanda a secretaria de Comunicação Social da Presidência da República.
“A mensagem principal é a dengue o trem é a pauta do dia. É assim que funciona. O resto é especulação e tentativa de tirar o foco do que é central e relevante neste momento”, completou o ministro.
É difícil para quem raciocina em uma linguagem analógica tradicional entender o papel dos algoritmos nas ‘janelas de oportunidades e fluxos’ que a comunicação digital precisar considerar. É como se tivesse um trem em alta velocidade passando. Se eu ficar na frente sou atropelado.…
— Paulo Pimenta (@Pimenta13Br) January 29, 2024
Na conta gov.br, canal oficial do governo federal, foi postado um meme relacionado à atuação de agentes comunitários contra a dengue. Só que foi usado o termo “toc, toc, toc” em destaque, seguido pelo texto: “Quando os agentes comunitários de saúde baterem à sua porta, não tenha medo, apenas receba-os”.
Os internautas – a favor e contra – relacionaram imediatamente à operação da PF na manhã desta segunda que mirou Carlos Bolsonaro – filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – e outros alvos.
Entre as críticas mais comuns estava a de que o governo federal não deve usar os meios oficiais para fazer provocações a adversários políticos da atual gestão.
Já a conta da Secretaria da Comunicação Social da Presidência, ao falar do reajuste do salário mínimo, escreveu: "#GRANDEDIA | Só notícia boa!". A postagem também foi vista como uma indireta à família Bolsonaro.
O presidente Lula (PT) não havia feito qualquer comentário sobre o assunto até o fechamento deste texto.
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