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Operação da polícia avança para litoral norte de SP após ataque a PMs em Caraguatatuba

Operação foi deflagrada pela Polícia Militar de SP após morte do soldado da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Patrick Reis, no dia 27 de julho

Francisco Lima Neto - Folhapress

Publicado em 03/08/2023 às 15:16

Atualizado em 03/08/2023 às 15:22

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PM e GCM iniciam operação Árion para levar mais segurança à população de Caraguatatuba / Divulgação/PMC

Dois policiais militares que estavam em uma viatura foram alvos de tiros durante atendimento a uma ocorrência na tarde desta quarta-feira (2), em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, de acordo com a SSP (Secretaria da Segurança Pública).

Por causa do ataque, diz a pasta, a Operação Escudo avança agora para a região. A operação foi deflagrada pela Polícia Militar de SP após a morte do soldado da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) Patrick Reis, no dia 27.

Ao menos 16 pessoas foram mortas durante a operação em Guarujá e Santos, segundo informações confirmadas nesta quarta.

A SSP afirma que os dois PMs, de 39 e 40 anos, foram vítimas de tentativa de homicídio após serem chamados via Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) para atender a uma ocorrência em que suspeitos estariam armados no Conjunto Habitacional Nova Caraguá 1.

Segundo a pasta, os policiais foram alvos de tiros no local e revidaram, mas os criminosos conseguiram fugir. Ninguém se feriu.

O 20º BPM/I (Batalhão de Polícia Militar do Interior), então, deflagrou a Operação Escudo na região para localizar os autores e promover a segurança na cidade. Diligências estão em andamento.

O caso foi registrado como tentativa de homicídio na Delegacia de Caraguatatuba, que investiga o caso.

Ao longo de seis dias, a ação, que deve ser mantida por um mês na Baixada Santista, já é a mais letal desde o massacre do Carandiru.

Entre os mortos estão um homem considerado indigente, um garçom e um ajudante de pedreiro que também teve o cachorro morto a tiros.

A operação acumula críticas por indícios de excessos, como relatos de tortura e ameaças contra a população local.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, têm rebatido as acusações.

Enquanto o mandatário se disse satisfeito, o chefe da SSP afirmou que relatos de abusos e torturas não passam de narrativa.

Até o momento, a operação prendeu 84 pessoas.

Deste total, 54 foram presos em flagrante e 30 foragidos da Justiça, capturados. Além disso, quatro adolescentes foram apreendidos, segundo a SSP. 

Ao todos, três homens foram presos sob suspeita de envolvimento no ataque que culminou na morte do soldado da Rota.

"Nós temos a certeza de que todos estavam lá no momento dos disparos", disse o delegado Antônio Sucupira, da delegacia de Guarujá.

"Cabe à investigação definir e individualizar a participação de cada um nesse evento."

Veja o que se sabe sobre cada um dos suspeitos presos.

Erickson David da Silva, 28

Conhecido como Deivinho, foi preso no domingo (30), na zona sul de São Paulo.

Ele é suspeito de ter feito os disparos com a pistola 9 mm que mataram Reis e feriram um cabo.

Antes de se entregar à polícia, ele gravou um vídeo no qual nega participação no ataque.

A reportagem não conseguiu localizar a defesa dele após a prisão.

Em depoimento à polícia, ele acusou Marco Antônio de Assis Silva, 26, conhecido como Mazaropi, de ter atirado contra os PMs.

Afirmou também que tinha uma desavença com Marco e que esse seria o motivo de ter sido apontado como o atirador.

Cauã

Irmão de Erickson, ele foi preso na madrugada desta quarta (2) em Santos, cidade vizinha de Guarujá.

Nem a idade dele nem seu sobrenome foram divulgados.

Segundo a polícia, ele admitiu estar com os outros dois suspeitos —Erickson e Marco— no momento em que Reis foi atingido.

Assim como o irmão, ele citou Marco como autor dos disparos.

Não há informação se ele já tem advogado.

Marco Antônio de Assis Silva, 26

Conhecido como Mazaropi, foi preso em Guarujá na sexta (28).

Os irmãos Erickson e Cauã o acusam de ter efetuado os disparos que resultam na morte de Reis.

Em um depoimento inicial, ele teria identificado Erickson como o autor dos disparos contra a viatura da Rota.

Ainda não há informação sobre ele ter advogado.

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