04 de Maio de 2024 • 22:27
Complexo do ibirapuera, na zona sul de São Paulo / Divulgação/Governo de SP
Na tarde desta terça-feira, o Governo de São Paulo, gestão João Doria (PSDB), negou que o Complexo Desportivo Constâncio Vaz Guimarães, no Ibirapuera, zona sul da Capital, será transformado em um shopping center. O estudo referencial, que embasa o edital de privatização do complexo, porém, indica a transformação do ginásio do Ibirapuera em um shopping (leia mais abaixo).
“Complexo do Ibirapuera NÃO será substituído por um shopping. A concessão, que tem como prioridade atividades esportivas e culturais, exige uma arena multiuso para 20 mil pessoas no local. O objetivo é modernizar os equipamentos e atividades esportivas do espaço e, assim, gerar renda e empregos na capital paulista”, informou o governo paulista. A Gazeta manteve a grafia original, com o “NÃO” em letras maiúsculas.
Pelas redes sociais, muitos usuários reclamaram nesta terça-feira sobre a informação de que o complexo poderia se tornar mais um shopping em São Paulo. A possibilidade se espalhou após o Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), órgão do Governo de São Paulo de preservação do patrimônio, ter rejeitado na segunda-feira (30) abrir um processo de estudo de tombamento do Complexo do Ibirapuera.
Na prática, a medida autoriza a gestão do governador João Doria (PSDB) a conceder a estrutura para a iniciativa privada, já que, em caso de tombamento, ficariam proibidas obras de alterações arquitetônicas no local. De acordo com o blog Olhar Olímpico, do “UOL”, o governo estadual tem planos de modificar amplamente o complexo. A intenção seria conceder o espaço para a iniciativa privada pro 35 anos.
O estudo referencial, que embasa o edital de privatização, indica a transformação do ginásio do Ibirapuera em um shopping center. No local do complexo aquático seria erguida uma torre comercial. E, no lugar do estádio de atletismo, seria construída uma arena para 20 mil pessoas.
Segundo o Olhar Olímpico, a decisão sobre o complexo foi influenciada por uma alteração do Condephaat promovida por Doria no ano passado. Antes, o órgão tinha 30 conselheiros, sendo quase metade deles, 14, representantes de universidades. Quando assumiu o governo, o governador tucano cortou o número de cadeiras das universidades para apenas cinco, mantendo 13 para o próprio governo. Agora são 24 conselheiros no total, sendo 13 de órgãos da administração estadual e só cinco das universidades.
Na reunião de segunda-feira, os cinco representantes de universidades votaram a favor pelo estudo do tombamento. Enquanto isso, votaram contra a possibilidade de se estudar tombar o complexo todos os 13 representantes do governo Doria, entre outros.
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