05 de Maio de 2024 • 23:02
Brasil
A constatação foi apresentada durante seminário nesta segunda-feira (5) sobre a doença organizado pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) com autoridades e especialistas de São Paulo
Uma análise genética do vírus que infectou o macaco do Zoológico de São Paulo por febre amarela sugere participação do homem na transmissão da doença. A constatação foi apresentada durante seminário nesta segunda-feira (5) sobre a doença organizado pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) com autoridades e especialistas de São Paulo. A morte do animal, no fim de janeiro, levou ao fechamento do zoológico.
Segundo Renato Souza, pesquisador do Instituto Adolfo Lutz, exame genético mostrou que o vírus que infectou o animal é mais parecido com os detectados na cidade de Piracaia, a 90 km da capital paulista, do que com os de outras cidades que fazem divisa com a cidade de São Paulo, como, por exemplo, Mairiporã.
Segundo ele, o achado é um forte indício do fator humano no ciclo de transmissão.
Nesse sentido, diz, há duas hipóteses para explicar o que aconteceu: 1) um animal doente foi levado por alguém para o zoológico; 2) uma pessoa infectada pelo vírus, mas assintomática, visitou o local, foi picada por um mosquito silvestre, e esse inseto infectou o bicho.
Souza avalia que a segunda hipótese é a mais provável.
O animal encontrado morto no fim de janeiro foi o único que morreu pela doença nos limites do zoológico. Era um animal de vida livre, não fazia parte do plantel da instituição.
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