05 de Maio de 2024 • 23:26
Procurada, a JBS não comentou o assunto / Reprodução/Facebook
Às vésperas da delação que abalou o governo Michel Temer, o delator Ricardo Saud, do grupo J&F, providenciou casamento "a jato" com sua então namorada, Eloá Jacinto, como forma de facilitar a obtenção de visto para os Estados Unidos.
Autor de algumas das principais acusações da delação do grupo dono do frigorífico JBS, ele foi gravado em interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça "descobrindo" a necessidade de preparar o casamento dias antes de fechar a colaboração.
De acordo com os relatórios da investigação, ele falou no dia 28 de abril com um homem não identificado sobre a situação de se tornar "expatriado" e recebeu uma dica para que sua companheira obtivesse o mesmo status nos Estados Unidos.
Se casasse, seu visto americano poderia beneficiar também a mulher. A intenção era obter o visto da categoria L1, concedido para executivos de empresas internacionais com unidades em solo americano.
Na semana seguinte, em 3 de maio, Saud ligou para um cartório. Um interlocutor diz que há "um monte de entrada hoje de casamento". "Pedi para ela dar uma prioridade na sua. Fazer a sua antes de fazer as duas da tarde."
No mesmo dia, o delator fala em telefonema à futura esposa: "Ponha a champanhe para gelar".
O acordo de colaboração da JBS foi concretizado uma semana depois, em 10 de maio. No mesmo dia, o empresário Joesley Batista viajou para Nova Jersey em seu jato particular. Na lista de passageiros, mostrada pelo "Jornal Nacional" no último sábado (20), apareciam Saud e Eloá.
Os delatores não serão presos. Procurada, a JBS não comentou o assunto. A defesa de Saud não foi localizada.
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