05 de Maio de 2024 • 22:56
*Foto meramente ilustrativa. / Adobe Stock
Em manhã com clima de campanha eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL), neste sábado (22), voltou a minimizar o número de mortes de crianças por coronavírus, criticou o governo Lula e falou em zerar imposto do diesel.
Um dia após o enterro da mãe, Olinda, 94, Bolsonaro saiu da casa da família, em Eldorado, interior de SP, e passou mais de uma hora conversando com jornalistas e moradores da cidade.
O presidente voltou a defender remédios sem eficácia contra o coronavírus e disse que as mortes de crianças pela doença foram insignificantes.
De acordo com dados do Sistema de Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe), desde o começo da pandemia até 6 de dezembro de 2021, foram registradas 301 mortes de crianças entre 5 e 11 anos por Covid-19 no país.
"Se você analisar, 2020, 2021, mesmo na crise da coronavírus, ninguém ouviu dizer que estava precisando de UTI infantil. Não teve. Não tivemos. Eu desconheço criança baixar no hospital. Algumas morreram? Sim, morreram.
Lamento, profundamente, tá. Mas é um número insignificante e tem que se levar em conta se ela tinha outras comorbidades também", disse.
Em dezembro, o presidente apoiou a declaração feita pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e disse que o número de óbitos nessa faixa etária não justificava uma ação emergencial. No início deste mês, o chefe do Executivo disse desconhecer morte de crianças pela Covid.
Bolsonaro também afirmou que a vacina para crianças não é obrigatória e que devem ser citados possíveis efeitos colaterais. "A vacina para crianças não é obrigatória. E tem que ser falado o quê por ocasião da vacinação? Quem for aplicar a vacina? Olha, tá aqui teu filho, de cinco anos de idade. Ele pode ter palpitação, dores no peito e falta de ar. Vai ser dito para ele, como está no despacho do Lewandowski".
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