15 de Maio de 2024 • 09:50
Lado mental é essencial / Pexels
Neste domingo (28), é celebrado o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho. A data serve para prevenir e alertas sobre os problemas no ambiente.
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No Brasil, 70 acidentes no ambiente profissional são registrados por hora, de acordo com dados mais recentes de 2022 contabilizados pelo Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho (Smartlab). Foram 2,5 mil pessoas mortas. Diante da informação alarmante, o Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, instituído pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2003, busca prevenir acidentes e doenças ocupacionais em todo o mundo.
O advogado especialista no tema, Thiago Nápoli, do escritório Balera, Berbel & Mitne, esclarece o termo, "Segurança no trabalho é uma ciência que estuda sobre como proporcionar segurança e saúde ao colaborador no ambiente profissional, ou seja, qualidade de vida. O conceito passa por treinamentos em equipe, uso de equipamentos de proteção individual, medidas de proteção para prevenir acidentes, avaliação ergonômica, e uma gestão que integra todos os funcionários".
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É possível identificar um aumento entre 2021, ano de pandemia da Covid-19, em que somou 571,8 mil notificações de acidentes, e o ano de 2022, o que chama a atenção para a necessidade de prevenir. A atividade com mais casos registrados é no atendimento hospitalar, responsável por 10,4% dos registros. O comércio varejista aparece em seguida, com predominância de produtos alimentícios, hipermercados e supermercados, com 3,73%.
O corte, laceração, ferida contusa e punctura são os ferimentos mais comuns, seguidos pela fratura. Além da consequência na saúde do funcionário, outro fator é o aumento de despesa do INSS. Segundo o Smartlab, a economia perde cerca de 4% ao ano de Produto Interno Bruto devido a doenças e acidentes de trabalho.
O que muitos gerentes ainda não sabem, é que uma gestão adequada pode, além de salvar vidas, otimizar a folha de pagamentos, ou seja, economizar dinheiro. O chamado"Fator Acidentário de Prevenção"é um índice, que varia de 0,5 a 2 e influencia na alíquota do Risco Ambiental do Trabalho (RAT). Isso significa que o FAP premia empresas com prioridade em segurança e saúde dos colaboradores, tendo em vista que o seu índice é multiplicado pelo RAT, "A organização paga menos impostos quando tem menos acidentes de trabalho registrados, isso porque quanto menos acidentes, menor será o FAP, e consequentemente, os tributos", ressalta o advogado.
Um exemplo simulado pelo escritório é que, em uma empresa com 300 funcionários, onde o salário médio é de R$ 3 mil, e a alíquota do RAT corresponde a 3%, é possível economizar mais de R$ 200 mil ao ano na folha de pagamentos. "Ter uma boa gestão do FAP garante que os recursos economizados possam ser reinvestidos em outras áreas, isso requer estratégia", aponta o especialista.
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