04 de Maio de 2024 • 09:19
A Rússia interferiu nas eleições que elegeram Donald Trump à Presidência / Associated Press
Em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (16), a Comissão de Inteligência do Senado dos EUA concluiu que a Rússia interferiu nas eleições que elegeram Donald Trump à Presidência, favorecendo o republicano.
"Foi um esforço extensivo, sofisticado e ordenado pelo próprio presidente [Vladimir] Putin com o propósito de ajudar Trump e prejudicar Hillary Clinton", afirmou o senador democrata Mark Warner, vice-presidente da comissão.
A conclusão é uma clara oposição ao relatório feito por republicanos na Câmara dos EUA, que concluíram que não houve benefício a Trump.
Na época, os deputados questionaram a conclusão das agências de inteligência americanas, que concluíram que a intenção dos russos era beneficiar o atual presidente.
Os senadores avaliaram a mesma investigação, e referendaram as conclusões do grupo, integrado pela CIA, FBI e NSA (Agência de Segurança Nacional).
A nota foi assinada pelo republicano Richard Burr, senador e presidente da comissão, que informou ter passado 14 meses analisando os documentos oficiais.
"Não há razão para contestar as conclusões. Não há dúvida de que a Rússia agiu de maneira sem precedentes para interferir em nossas eleições", afirmou Burr.
A comissão, que interrogou todos os ex-diretores dos órgãos de inteligência, está trabalhando no relatório final, que deve ser classificado e divulgado na sequência.
Trump ainda não havia comentado a notícia até a publicação desta reportagem, a tarde desta quarta-feira.
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