06 de Maio de 2024 • 15:00
Para muitos alemães a reeleição de Merkel já é certa / Agência Lusa
A campanha eleitoral alemã está na reta final, e a atual chanceler Angela Merkel, segue como favorita nas pesquisas e pode assumir seu quarto mandato. Sondagem mostra que 34% dos eleitores não pretende votar ou ainda está indeciso. As eleições serão no próximo domingo (24).
No último dia 3, Merkel e seu principal adversário, Martin Schulz, participaram do único debate televisivo da campanha, visto como a grande oportunidade para os candidatos convencerem os eleitores indecisos. Apesar de Schulz ter atacado duramente Merkel com questões sobre imigração e relações com a Turquia, a atual chanceler se saiu melhor no debate.
Para muitos alemães a reeleição de Merkel já é certa. Segundo os especialistas, o número de pessoas que pode se abster de votar é considerado muito alto. De acordo com a pesquisa divulgada ontem (21) pela empresa GSM, o índice de abstenção (34%) é 5% maior do que nas últimas eleições.
Com medo de que uma alta taxa de abstenção venha a favorecer o partido de extrema-direita AfD, Angela Merkel e Schulz, apelaram para que a população vá em peso às urnas. O partido de Merkel (CDU) registrou 37% das intenções de voto, enquanto o SPD de Schulz registrou 22%.
O partido de extrema-direita, AfD, que tem cerca de 10% de intenções de voto, vem recebendo inúmeras críticas por seus militantes se mostrarem simpáticos ao nazismo e ao uso da violência. Alexander Gauland, um dos fundadores do AfD, é uma figura polêmica e já declarou, por exemplo, que os alemães deviam “ ter orgulho” do que o seu exército fez nas duas grandes guerras.
Como o posicionamento dos dois principais candidatos, Merkel e Schulz, é muito semelhante em relação a diversos assuntos, acredita-se que após as eleições de domingo conservadores e sociais democratas podem voltar a governar na chamada “grande coligação”. Os partidos já estiveram coligados duas vezes sob a administração de Merkel, entre 2005 e 2009, e entre 2013 e 2017.
Estima-se que nestas eleições, 61,5 milhões de pessoas devem votar, 3 milhões primeira vez. Mas mais de um terço dos eleitores, 22 milhões, têm mais de 60 anos.
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