23 de Abril de 2024 • 11:17
Calças, agasalhos, e roupas infantis são algumas das peças vendidas / Nayara Martins/ DL
Uma variedade de roupas femininas e infantis, além de alguns modelos de sapatos, bolsas e peças de artesanato oferecidos a preços acessíveis. Esse é o espaço do “Meu Brechó”, montado pela moradora Maria Lucília Ferreira Yoshikawa, de 61 anos, no bairro Jardim Mosteiro, em Itanhaém.
Funcionando há cerca de nove meses, o espaço possui roupas femininas como calças, agasalhos, blazers, camisas, blusas de verão, vestidos e roupas infantis, todas em bom estado. Atualmente, o estoque do brechó conta com mais de mil peças.
Os valores variam de R$ 5 a R$ 20,00. Já os preços das peças que as pessoas deixam em consignação para vender no local, são determinados por cada uma.
“Sempre gostei de comprar e usar roupas de brechó, pois nunca tive preconceito. Como tinha um espaço bom na edícula que não ocupo e nem alugo, resolvi abrir o comércio na minha casa”, explica Lucília.
Ela lembra que comprou várias peças de roupas, mas também recebeu muitas doações de amigos. Além de algumas pessoas que deixam roupas e sapatos para serem vendidos.
“Apesar de abrir no período da pandemia da Covid-19, nunca deixei de atender os clientes e sempre tomei os cuidados necessários, como o uso de máscara e álcool”, lembra.
Lucília diz ainda que já possui um clientela bastante fiel, de pessoas conhecidas da Cidade.
“Elas já sabem que as mercadorias novas chegam uma vez por semana e vêm pra ver. Moro em Itanhaém há mais de 50 anos e tenho muitos amigos, tudo isso facilitou para abrir o brechó”, destaca.
Porém, o espaço não atende de porta aberta, somente com horário marcado. “Atendo as clientes de domingo a domingo, durante o dia e à noite, pois muitas pessoas trabalham durante o dia e não têm tempo de vir”.
Neste período do ano, com a aproximação do inverno, as roupas de frio são as mais procuradas, como calças jeans, casacos e agasalhos.
“Estou vendendo muitas roupas de inverno e já estão em falta, pois a procura está muito grande. As pessoas não esperavam, em pleno outono, passar por um inverno rigoroso desses”, ressalta.
Brinde
Outra novidade é que a cada cinco peças de roupas compradas, as clientes ganham uma de brinde. No espaço, elas podem experimentar as roupas no provador e verificar se serviu em um espelho.
“A vantagem do brechó em relação às lojas é que são oferecidas peças únicas, não tem duas camisas ou calças iguais e isso facilita na escolha do cliente”, frisa.
A divulgação das roupas tem sido feita por meio do Facebook e também por fotos pelo Whatsaap.
“Assim que chegam as peças novas, como conheço o gosto de cada uma, já aviso e mando as fotos”, completa.
Planos
Sobre os planos futuros, a ideia de Lucília é ampliar um dos espaços na edícula, que ainda não está sendo ocupado. “Vou adquirir peças novas, mas que serão vendidas a preços de brechó, num futuro próximo”, conta.
Lucília já havia vendido roupas novas em sua própria casa, há alguns anos atrás. Ela também trabalhou em alguns comércios.
Para conhecer o brechó, os interessados podem entrar no Facebook (Lu Yoshikawa) ou fazer contato com Lucília e agendar o dia e horário da visita, por meio do telefone 13 99703.3159.
Os brechós de roupas e calçados são antigos e são uma oportunidade de adquirir roupas e calçados a preços mais acessíveis. No Brasil, o primeiro brechó surgiu no século XIX, quando um mascate chamado Belchior ficou conhecido por vender roupas e objetos de segunda mão, no Rio de Janeiro.
Um dos mais famosos foi o da cantora Maysa Monjardim, em Copacabana, no Rio, nos anos 1970. Os primeiros surgiram na Europa, também no século XIX, onde se podia comprar e vender tudo em feiras livres.
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