14 de Outubro de 2024 • 08:01
Torcida tem lotado os treinos abertos do São Paulo / Divulgação/SPFC
Não só por sua irregularidade, mas também pelo que o restante da tabela apresenta, o sufoco que o São Paulo vive em luta contra o rebaixamento pode se estender até as derradeiras rodadas do Campeonato Brasileiro.
Um levantamento do aproveitamento dos próximos -e últimos- nove adversários do time pela competição aponta uma média de 45,8%. Esse número hoje renderia a uma hipotética equipe a nona posição na tabela, acima dos 43,7% do Atlético-PR.
Não é elevado. Mas também não separa tanto o São Paulo de seus concorrentes mais próximos na classificação geral do torneio.
Repetindo o cálculo com rivais que estão a três pontos ou menos de distância do clube do Morumbi, percebe-se um equilíbrio na trajetória deles até o final do Brasileiro.
Desse grupo de oito times ainda em situação periclitante, o Avaí é aquele que vai enfrentar a tabela mais difícil. Seus oponentes têm aproveitamento médio de 50,1%.
Esse número hoje colocaria uma equipe na briga por vaga na Copa Libertadores. No outro extremo, Chapecoense, Bahia e Coritiba têm, em tese, caminho mais fácil.
Vivendo ano de reconstrução, a equipe catarinense vai encarar, até a conclusão da competição, oponentes que têm 40,8% de rendimento.
Algo pouco superior, aliás, ao que ela mesma alcançou em 29 jogos (40,2%, empatada com Bahia e Sport). O mesmo Bahia tem a segunda tabela menos complicada. Seus próximos adversários conquistaram apenas 41,6% de seus pontos.
Já a média que o Coritiba vai enfrentar neste trecho final é de 42,2%.
O número mais baixo desses três clubes se explica pelo excesso de confrontos diretos que farão com equipes dessa faixa da classificação.
Em seus próximos nove jogos, o Bahia vai enfrentar seis dos clubes citados acima: Vitória, Ponte Preta, Avaí, Sport, Chapecoense e, na última rodada, o São Paulo.
Já Chapecoense e Coritiba terão cinco desses concorrentes pelo caminho.
O São Paulo, por outro lado, terá três duelos, com Chapecoense, Coritiba e Bahia, em seu retorno ao Morumbi.
Contas
As torcidas organizadas do São Paulo anunciaram uma espécie de trégua nesta fase de crise. Dizem esperar que o time alcance a marca de 47 pontos no Brasileiro para, aí, sim, voltar à carga.
Com o Brasileiro em seu atual formato de disputa, nunca um clube foi rebaixado com essa quantia.
O São Paulo vai a campo no Pacaembu, neste domingo, com 34 pontos. Restariam, então, 13 para serem coletados.
No total, há 27 pontos em disputa. Para atingir a meta estabelecida por sua torcida, a equipe precisaria de um aproveitamento de 48,1%. Número bem superior aos 39,1% que obteve em 29 partidas até o momento.
Sob a orientação de Dorival Júnior, o rendimento é de 45,1%, também aquém.
Um alento, porém, ao são-paulino seria seu desempenho no segundo turno. Em dez rodadas, o time ganhou 15 de 30 pontos (50%).
Dever de casa
Para manter esse ritmo, fica reforçada a dependência do São Paulo dos jogos que faz como mandante.
Com apenas duas vitórias e dois empates, o time é o pior visitante do Campeonato Brasileiro, ao lado da Ponte Preta, com 17,7% de aproveitamento.
As fracas atuações contra Atlético-MG e Fluminense neste mês, nas quais foi dominado e saiu derrotado, evidenciaram suas dificuldades longe de seus domínios.
Dos seus 34 pontos pelo Brasileiro, 28 foram conquistados diante de sua torcida. Até a última rodada, o São Paulo terá mais cinco jogos como anfitrião.
Para chegar aos 47 pontos sem depender de resultados como visitante, o time precisaria de quatro triunfos e um empate em casa. Mas não seria uma missão tão simples.
Depois do Flamengo, o São Paulo ainda receberá mais dois adversários que buscam vaga na Libertadores (Santos e Botafogo), além de Chapecoense e Bahia.
Fora, para compensar, ainda enfrentará o lanterna Atlético-GO, que é dos raros times a somar mais pontos como visitante. Os demais duelos serão com Vasco, Grêmio e Coritiba.
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