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Prass aceita ser professor e aluno na escola de goleiros do Verdão

Fernando Prass chegou quebrando um tabu no Palmeiras. Desde 1994 o time não contratava ninguém dessa posição e se orgulhava da sua escola de goleiros.

Publicado em 13/12/2012 às 14:37

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A apresentação de Fernando Prass nesta quinta-feira (13) quebrou um tabu no Palmeiras. Desde a chegada do paraguaio Gato Fernández, em 1994, o clube não contratava ninguém da posição e se orgulhava de sua “escola de goleiros”. Ciente da tradição, o ex-jogador do Vasco garantiu: aos 34 anos, pode ser uma ajuda, e não um empecilho, para a formação de sucessores de Marcos.

“Não vejo nada anormal na minha contratação. Apesar de o clube ter uma escola muito boa, venho de fora, de outra escola, e quem sabe não posso acrescentar algo aqui para o Palmeiras continuar formando grandes goleiros?”, declarou, respeitando seus antecessores no time. “Sei dessa tradição do Palmeiras, já li muita coisa a respeito. Sou conhecedor até pelas referências dos que foram formados aqui.”

Fernando Prass foi apresentando no Palmeiras nesta quinta-feira (13). (Foto: Divulgação)

E seus concorrentes têm qualidade, inclusive o criticado Bruno, na opinião de Prass. “Quando o time não vai bem, o goleiro é um dos primeiros a ser criticado. Mas não vi nenhum goleiro no Brasil  e no mundo neste ano que não tenha falhado duas ou três vezes, incluindo os considerados melhores, como Valdés, Casillas, Cech. Depende muito da situação do time. O goleiro tem que estar acostumado porque não tem jeito: vai chegar o momento da falha para todos. Mas se o time está bem, ela passa mais suave.”

O recém-contratado deixou claro que não chegou para causar intriga. Provou isso até na escolha de sua camisa: começará o ano usando a 25 porque é a mais alta que pode ser usada na Libertadores, e já avisou que deve adotar um número ainda maior no resto da temporada. Experiente, negou até sua óbvia titularidade – mesmo sendo um pedido de Gilson Kleina.

“Nenhum contratado vem com essa condição. Nesse meio tempo, tive uma conversa com outro clube e um dirigente me falou: ‘olha, o contrato não é de titularidade’. Eu me espantei, porque isso não existe em lugar nenhum. Se de repente alguém assinar contrato com titularidade garantida, que fique desconfiado e com o pé atrás, porque já está começando errado”, falou.

Indicações como essas devem ser costumeiras nas conversas com os mais jovens do elenco, especialmente os goleiros. Já no primeiro de seus três anos de contrato com o clube, o reforço nascido em Porto Alegre e formado no Grêmio espera também aprender no Verdão.

“Vai de cada um. As pessoas podem absorver não só de mim, mas de qualquer outro jogador, em qualquer lugar e momento. Às vezes, você aprende com o menino do júnior. Tem que estar aberto e receptivo para a situação. Estou em um novo Estado, em um novo clube, com novas pessoas e novos profissionais. Vou estar atento para observar cada um e trazer algo de bom para mim”, comentou.

No sétimo clube em 15 anos como profissional, Fernando Prass quer ser professor e também aluno na famosa “escola de goleiros do Palmeiras”. “Venho para trabalhar com o grupo e somar com a qualidade de quem está aqui. Vou aprender muito com quem está aqui e eles vão aprender comigo”, apostou.

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