Esportes

Laís Souza apresenta melhora discreta após passar por cirurgia

A atleta de 25 anos é capaz de encolher os ombros, mas continua sem movimentos nos braços e pernas

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 29/01/2014 às 21:01

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Um dia após passar por uma cirurgia de estabilização da coluna cervical, a ex-ginasta e agora esquiadora Laís Souza apresentou pequena evolução em seu quadro nesta quarta-feira - que é grave, mas estável. A atleta de 25 anos é capaz de encolher os ombros, mas continua sem movimentos nos braços e pernas, depois de ter se acidentado enquanto esquiava na estação de Park City, em Salt Lake City, nos Estados Unidos. Ela e outra atleta, Josi Santos, treinavam à espera da confirmação da vaga para a Olimpíada de Sochi, que começa no próximo dia 7.

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De acordo com o traumatologista Antonio Marttos Junior, da Universidade de Miami e primeiro membro do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) a chegar em Salt Lake City, a cirurgia pela qual Laís passou na tarde da última terça durou cinco horas. O especialista informou que o procedimento realinhou a vértebra C3 (que foi deslocada por causa do impacto do choque) ao restante da coluna cervical. Houve lesão na medula.

"Laís passou por um pequeno progresso do quadro neurológico. Reiteramos que a atleta ainda se encontra na fase aguda do trauma e qualquer prognóstico definitivo necessita de tempo", afirmou Marttos. A atleta respira por meio de ventilação mecânica, está consciente e se comunica com o corpo médico, formado por especialistas do Hospital da Universidade de Utah, onde está internada.

Laís Souza apresenta melhora discreta após passar por cirurgia (Foto: Divulgação/CBDN)

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A brasileira passará por mais duas cirurgias: uma traqueostomia (abertura de orifício na traqueia) e uma gastrostomia (fixação de sonda para alimentação). Os procedimentos indicam que Laís não terá autonomia respiratória e a capacidade de deglutir alimentos por um longo período. Segundo especialistas ouvidos pela reportagem, lesões na vértebra C3 podem causar paralisia irreversível. Laís, portanto, pode ficar paraplégica ou tetraplégica.

Ainda não se sabe o que ocasionou o acidente. Stefano Arnhold, presidente da Confederação Brasileira de Desportos da Neve (CBDN), relatou o que ouviu de Ryan Snow, canadense que treina as brasileiras. "A Laís esquiava na pista, não fazia acrobacias. O Ryan ia à frente e ela saiu do percurso, batendo no galho de uma árvore na altura do pescoço. Ele não viu o que aconteceu, só ouviu o barulho".

Nesta quinta, a mãe de Laís, Odete, chega aos Estados Unidos. A fisioterapeuta de Laís, Denise Lessio, e a gerente geral do COB, Adriana Behar, a acompanham na viagem.

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