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Desconfortável, Enderson é apresentado em coletiva “explicativa”

O presidente Odílio Rodrigues foi bombardeado com questões que buscavam explicações sobre a demissão de Oswaldo de Oliveira

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 03/09/2014 às 17:18

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Com a sala de imprensa do CT Rei Pelé lotada e com a presença de vários membros da diretoria, Enderson Moreira foi apresentado oficialmente como novo técnico do Santos pelo presidente Odílio Rodrigues. Entretanto, a estranha e surpreendente demissão de Oswaldo de Oliveira ainda era o assunto em pauta.

Logo nas primeiras respostas, Enderson precisou responder sobre a situação desconfortável de assumir um elenco que estava fechado com o ex-técnico e que não aprovou a demissão de seu comandante.

“Eu cheguei hoje (quarta), mas saí há um mês de outro clube. Tive um bom aproveitamento, mas a diretoria tem algumas decisões... a regra no Brasil é assim. Temos o desejo de um cenário que seria o ideal, mas isso sabemos que é quase impossível neste momento. Muito em função de vocês (jornalistas), das pressões que são feitas a cada derrota, das crises que são criadas às vezes. Todo mundo tem participação nisso. Eu sei como a coisa funciona”, disse Enderson, que chegou a Santos com um discurso realista.

“Projeto tem que acontecer paralelamente com os resultados. No Brasil tem de ser assim. O ideal não seria isso. Quem conseguiu ficar muito tempo teve resultados. Não estou vindo aqui com aquela ilusão de que vou longe. Tenho de chegar em 2015 com grandes resultados”, completou.

Odílio Rodrigues também foi bombardeado com questões que buscavam explicações sobre a demissão de Oswaldo de Oliveira.

Enderson Moreira tem a missão de tentar garantir ao Santos uma vaga na Copa Libertadores (Foto: Divulgação/Santos FC)

“Você acaba sendo pautado pela realidade. Não é crítica a ninguém. De 18 jogos do Brasileiro, perdemos 7, ganhamos seis e empatamos cinco. Quando começamos a ver que estamos tendo resultados que incomodam torcedor, aumenta a pressão. A diretoria tem duas atitudes: tomar a providencia ou esperar a possível piora do quadro. É muito difícil na vida real, não na ideal. O que a diretoria não pode é pecar por omissão”, justificou Odílio, que disparou elogios a Oswaldo logo no seu primeiro pronunciamento.

“Ontem (terça) tivemos uma conversa com o Oswaldo, uma reunião. Conversei com ele sobre a decisão do Santos, do Comitê Gestor. Agradecemos o trabalho dele. Hoje (quarta) vi algumas coisas e quero dizer que tivemos a melhor relação com o Oswaldo. Temos um profundo respeito pelo homem, o profissional Oswaldo de Oliveira”, disse o presidente, tentando minimizar a demissão em meio ao Campeonato Brasileiro e à disputa pela vaga nas quartas de final da Copa do Brasil.

“O brasileiro vai ao estádio para ver seu time ganhar. Ninguém vai para ver empatar ou perder. O vice-campeão é o primeiro dos últimos. Temos uma cultura que, na realidade, no futebol só vale ganhar. Não conseguimos formar no nosso meio que o futebol é lazer. Não pode parecer que isso que está acontecendo é um ET e que vocês não participam desse mundo”.

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