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Após Sampaoli, Santos busca novo técnico de maneira cautelosa

Na primeira reunião do Comitê de Gestão, três nomes foram tratados, mas nenhum com muito entusiasmo

Folhapress

Publicado em 18/12/2019 às 18:22

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Sampaoli decidiu deixar o Santos e não fechará com o Palmeiras / Ivan Storti/Santos FC

O Santos completou na terça-feira (17) uma semana oficial sem treinador. O nome do futuro comandante é tratado com sigilo absoluto e a diretoria tenta guardar a negociação a sete chaves. A estratégia é a mesma utilizada no mercado da bola durante o processo de contratação de Jorge Sampaoli e, diante do sucesso do argentino, o clube quer repetir a fórmula.

Naquela ocasião, o presidente José Carlos Peres tinha tudo praticamente acertado com Ariel Holan, que dirigia o Indepediente (ARG) na época. Ainda assim, não fechou os olhos para outras possibilidades e procurou Guillermo Barros Schelloto, que estava no Boca Juniors, mas acabou esbarrando em Jorge Sampaoli. O nome empolgou a cúpula e teve sinalização positiva do técnico. O acerto, a partir daí, foi rápido.

O cenário de hoje é parecido. A primeira ideia foi tentar manter o auxiliar Jorge Desio, mas internamente o clube já sabia que a alternativa era quase impossível. Sampaoli e Desio são amigos inseparáveis desde a década de 90, e é a postura calma do auxiliar que complementa o temperamento explosivo do técnico.

Na primeira reunião do Comitê de Gestão, três nomes foram tratados, mas nenhum com muito entusiasmo e, consequentemente, urgência nas tratativas. Assim, Holan acertou com o Universidad Católica (CHI), Beccacece foi para o Racing (ARG) e Miguel Ángel Ramírez segue no Independiente del Valle (EQU).

Dias depois da reunião, sabendo da preferência por estrangeiros e nomes de impacto, vários técnicos foram oferecidos ao clube, assim como outras sugestões foram entrando em pauta. O espanhol Domènec Torrent, que foi auxiliar de Pep Guardiola durante quase toda a carreira, foi um deles, mas o clube não abriu negociação por preferir alguém mais experiente.

Gabriel Heinze, do Vélez Sarsfield (ARG), agrada à cúpula santista, e o clube o mantém no radar, mas já foi avisado da dificuldade de tirá-lo da Argentina neste momento. O único brasileiro que teve seu nome citado foi Renato Gaúcho, mas não houve sequer sondagem ao técnico, que deve permanecer no Grêmio. Ainda assim, o presidente José Carlos Peres afirmou na terça, após o sorteio dos grupos da Copa Libertadores, que trabalha com uma "frente nacional".

O romeno Mircea Lucescu, que afirmou no mesmo dia que tem uma proposta concreta do Santos, até é um nome que agrada, mas membros da diretoria santista negaram à reportagem que o clube tenha feito tal oferta oficialmente. A explicação é que um empresário teria intermediado o negócio sem o aval alvinegro. O presidente José Carlos Peres também negou a conversa.

O Santos comunicou o desligamento de Jorge Sampaoli no último dia 10, já perto da meia-noite, e agitou o mercado da bola. O rompimento estimulou esforços do Palmeiras, que colocou o argentino como prioridade, e também abriu o leque com várias opções para substituir o antigo comandante na Vila Belmiro.

Além de aguardar pelo nome que desperte empolgação tanto quanto Sampaoli fez, o Santos ganhou um desafio a mais após o sucesso do argentino: encontrar seu substituto ideal no mercado da bola. O técnico foi a principal estrela do clube na temporada. Um nome de peso que atraiu interesse da mídia mundial e proporcionou ao time alvinegro uma exposição maior da marca.

Fora o personagem Sampaoli, o técnico ainda conseguiu encaixar perfeitamente com o estilo de jogo desejado pela cúpula santista: o antigo "DNA ofensivo" entrou em harmonia perfeita com o "Sampaolismo". Esses atributos postos, não é simples encontrar um substituto a altura.

A diretoria santista prioriza que o novo comandante mantenha a ideia de jogo do clube e que foi bem executada por Jorge Sampaoli. O nome do antecessor força o clube a novamente trazer um técnico de ponta, de maneira a ter mais respaldo da própria torcida. Na temporada 2019, apesar de três eliminações, Sampaoli nunca esteve ameaçado em seu cargo.

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