Economia

Vendaval destrói bananais no Vale e preço da nanica sobe 13% em sete dias

Evento climático destruiu aproximadamente dois mil hectares, especialmente na cidade de Sete Barras

Nilson Regalado

Publicado em 20/02/2024 às 07:30

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Região sofreu com fenômeno chamado downburst / ABAVAR/Divulgação

O mercado já precificou os estragos causados pelas ventanias seguidas de tempestades que arrasaram bananais no Vale do Ribeira. Os temporais aconteceram na terça-feira de Carnaval e, principalmente, na Quarta-feira de Cinzas.

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O evento climático destruiu aproximadamente dois mil hectares, especialmente na cidade de Sete Barras. A estimativa é que pelo menos 500 hectares de bananeiras com cachos já formados tenham sido afetados, com a queda das bananeiras já na fase de pré-colheita. Isso significa uma área equivalente à de 500 campos de futebol.

E os preços dispararam no mercado atacadista. Segundo economistas da Ceagesp, a maior central atacadista de alimentos in natura da América do Sul, as cotações da nanica subiram 13%, na comparação com a semana anterior.

Devido ao impacto das ventanias, a tendência é que a oferta de banana paulista siga baixa nas próximas semanas. Assim, os atacadistas terão de buscar a fruta em outras praças, como Santa Catarina, Minas Gerais e Bahia.

A intempérie, seguida de alta nos preços, acabou beneficiando os grandes produtores, aqueles que conseguem estocar o produto em câmaras frias, e que tinham frutas de boa qualidade para vender.

A nanica de primeira qualidade foi vendida na média de R$ 3,90/kg no Vale do Ribeira na semana passada, entre os dias 12 e 16. As informações são do portal hfbrasil.org. br, vinculado ao Centro de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Cepea), da Escola de Agronomia da USP.

LARANJA MAIS CARA.

A oferta de laranja pera está cada vez mais restrita no Estado de São Paulo. Alguns Segundo apurado pelo Cepea, parte dos produtores já finalizou a safra, impulsionando as cotações. E o valor das variedades tardias segue em alta. A pera natal foi negociada por R$ 86,98 a caixa de 40,8 kg, na árvore, alta de 5,35% no comparativo com a semana anterior.

A natal foi ‘batizada’ assim por ter a sua maturação tardia, sendo sua colheita realizada no final do ano, principalmente em dezembro. Ela é uma seleção feita a partir da laranja valência e suas características são frutos com poucas sementes e polpa com muito suco, o que é favorável para a produção industrial.

Por ser bem doce, ela é muito consumida in natura, atendendo o mercado interno. Tem aparência esférica, tamanho médio, polpa alaranjada, textura firme, casca de espessura média e cor amarela.

LIMÃO AZEDO.

Quanto ao limão tahiti, produtores consultados pelo Cepea indicam que as chuvas têm restringindo a colheita, resultando em oferta controlada no mercado doméstico e em preços em elevação. A variedade foi comercializada a R$ 18,43 a caixa de 27 kg, com valorização de 13,18% frente à semana anterior. Neste caso, a alta tende a ser pontual porque ainda há limão a ser colhido na região de Itajobi, Araraquara e São Carlos.

MAÇÃ CHEGANDO.

A colheita e o processo de classificação de maçã gala da safra 2023/24 está avançando nas regiões produtoras de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul. Com isso, as cotações da variedade caíram na semana passada. A gala de melhor qualidade foi vendida por R$ 110,87 a caixa de 18 kg na média das regiões classificadoras, leve queda de 5% frente à semana anterior.

Segundo agentes consultados pelo Cepea, produtores e classificadores aguardaram o fim do Carnaval para iniciar a circulação da fruta no mercado. As frutas estão com o calibre médio-graúdo e a qualidade sensorial está satisfatória.

Para as próximas semanas, espera-se que o volume de gala aumente ainda mais, podendo pressionar as cotações. 

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