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Economia

Ibovespa tem leve alta com Vale e Petrobras voláteis

O índice à vista chegou a oscilar abaixo dos 53 mil pontos, mas a virada dos papéis da petrolífera e da mineradora para o positivo segurou as perdas à tarde

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 30/06/2014 às 18:16

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Numa sessão marcada pela volatilidade das blue chips Petrobras e Vale, nesta segunda-feira, 30, a Bovespa operou na maior parte do dia no território negativo. O índice à vista chegou a oscilar abaixo dos 53 mil pontos, mas a virada dos papéis da petrolífera e da mineradora para o positivo segurou as perdas à tarde. No fim, o Ibovespa terminou em leve alta de 0,02%, aos 53.168,22 pontos. O giro financeiro totalizou R$ 5,355 bilhões.

O resultado de junho foi positivo (+3,77%) e o desempenho de abril a junho (+5,46%) conseguiu anular dois trimestres seguidos de perdas, sendo o melhor resultado desde os +10,29% auferidos de julho a setembro de 2014. No semestre, o Ibovespa acumulou alta de 3,23%. No primeiro semestre do ano passado, a bolsa havia tido perdas de 22,14%.

O giro financeiro, no entanto, foi contido hoje, apesar de este ser o último dia útil do trimestre. O feriado do dia da Independência dos EUA, na sexta-feira, o pregão mais curto no Brasil no mesmo dia, por causa do jogo da seleção na Copa do Mundo, e as férias no Hemisfério Norte foram citados como motivos para o giro baixo.

Pela manhã, o mau humor entre os investidores foi maior, após mais um dado ruim ter sido divulgado pelo Banco Central. O resultado consolidado do setor público em maio mostrou um déficit bem pior do que a mediana prevista e quase no piso das projeções, em R$ 11,046 bilhões (piso de R$ -11,7 bilhões), o segundo pior resultado da história. Na sexta-feira, o resultado do Governo Central já havia azedado o humor ao mostrar um déficit recorde para meses de maio (-R$ 10,502 bilhões).

Petrobras chegou a abrir em alta, depois que a presidente da estatal, Graça Foster, negou uma capitalização da empresa. A estatal passou o fim de semana explicando aos analistas o acordo fechado com o governo em troca de direitos para até 15 bilhões de barris de petróleo e pelo qual terá que pagar uma parcela de R$ 2 bilhões ainda este ano. Graça também informou que, se não tiver folga para pagar os R$ 2 bilhões, solicitará aumento do orçamento ao conselho. Ela garantiu que não é refém do aumento da gasolina para pagar esse bônus. Após uma sessão de grande volatilidade, Petrobras ON teve alta consistente de 1,18% e Petrobras PN avançou 0,52%. No caso da Vale, o papel ON subiu 0,62% e o PNA teve ganho de 0,53%.

Em Nova York, o dia foi marcado por ajustes de carteiras, em função do fim do semestre. A falta de indicadores mais relevantes fez os principais índices encerrarem sem uma direção única: o Dow Jones caiu 0,15%, o S&P 500 cedeu 0,04% e o Nasdaq teve alta de 0,23%.

A Bovespa operou na maior parte do dia no território negativo (Foto: Divulgação)

Dólar

No último dia útil do semestre, o dólar encontrou vários motivos para subir ante o real. Os investidores comprados - que se beneficiam com a alta da moeda americana - atuavam para impulsionar as cotações, enquanto os vendidos faziam pressão contrária na determinação da ptax. Só que o fato de o Banco Central não aceitar propostas no leilão de linha de hoje, dia 30, no qual rolaria até R$ 3,5 bilhões que vencem amanhã, 1º, deu força à moeda americana, assim como o fim da rolagem dos swaps de julho e os números fiscais divulgados mais cedo. À tarde, operadores citaram ainda a saída de recursos do País. Neste cenário, o dólar fechou em alta de 0,64% no balcão, a R$ 2,2120. No mercado futuro, a moeda para agosto, a mais líquida, subia 0,77%, a R$ 2,2320. No semestre, o dólar no balcão acumulou uma queda de 6,11%. No trimestre, o recuo acumulado foi de 2,43%.

Taxas de juros

O avanço do dólar ante o real foi determinante nesta segunda-feira, 30, para os negócios na renda fixa. Em um ambiente de liquidez reduzida, as taxas dos contratos futuros de juros encontraram suporte mais cedo nos números fiscais. Mas como os dados do governo central, divulgados na última sexta-feira, já haviam provocado ajustes consistentes de alta, as taxas futuras não se afastaram tanto dos níveis anteriores. À tarde, porém, o dólar renovou cotações máximas no balcão e levou a reboque os juros, em especial entre os vencimentos com prazos mais longos. A taxa do vencimento para janeiro de 2015 (24.140 contratos) fechou a sessão regular em 10,78%, ante 10,79% no ajuste de sexta-feira. O DI para janeiro de 2016 (44.180 contratos) marcou 11,17%, ante 11,16% do pregão anterior. Entre os vencimentos mais longos, a taxa do contrato para janeiro de 2017 (103.440 contratos) ficou em 11,54%, ante 11,50%, e o DI para janeiro de 2021 (23.895 contratos) marcou 12,06%, ante 12,00%.

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