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O sobe e desce na cotação do dólar contribuiu para reduzir ainda mais o uso do cartão de crédito para pagar os gastos recordes dos brasileiros no exterior nos últimos meses. Segundo o Banco Central, os turistas têm optado por viajar utilizando dinheiro ou cartões pré-pagos.
Nesses casos, a despesa precisa ser paga à vista, mas o cliente já sabe antecipadamente qual o preço que irá pagar pela moeda estrangeira. Outra vantagem é o imposto menor.
A participação do cartão de crédito nas viagens internacionais era de 65% em março de 2011, mês em que o governo elevou de 0,38% para 6,38% o IOF sobre esses gastos. Desde então, vem recuando. Neste ano, até julho, estava em 52%, na média. Em agosto, caiu para 41%. Em setembro, ficou em 44%. Na compra de dólar em espécie ou nos cartões pré-pagos, o tributo continua em 0,38%. "É uma forma de contornar a incidência do IOF", afirmou o chefe do Departamento Econômico do BC, Tulio Maciel. "Mas é claro que o cartão traz alguns confortos."
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No total, os gastos no exterior continuam crescendo. Em setembro, foram US$ 2,17 bilhões, maior valor para esse mês. Em outubro já foram US$ 1,7 bilhão, o que aponta para mais um recorde, segundo o BC. "Havia expectativa de que esses gastos pudessem mostrar alguma moderação no segundo semestre, mas isso não ocorreu. O brasileiro continuou viajando", disse Maciel, se referindo à expectativa de queda por conta da alta do dólar.