04 de Outubro de 2024 • 16:03
O Canal 2, em Santos / Nair Bueno/Diário do Litoral
Os canais de Santos são uma grande referência geográfica para turistas e moradores da cidade. Quem nunca deu como ponto de referência de um consultório médico o Canal 2? Ou, ainda, disse que o tal supermercado mais em conta fica ao lado do Canal 3? Pois bem, mas você sabe a história dos tradicionais canais santistas?
Essa narrativa começa há séculos atrás, quando a Ilha de Santos era retalhada por alguns rios. Com a chegada da civilização e o crescimento urbano, os alagamentos em diversos bairros da cidade eram quase que constantes, assim como as doenças que isso trazia, o que fez com que as autoridades pensassem em alternativas.
Foi aí que entra na história o nome de Francisco Saturnino Rodrigues de Brito. Sanitarista e hoje conhecido por ser o Patrono da Engenharia Sanitária Brasileira, ele sugeriu, em 1905, implementar canais de drenagem que serviriam de suporte aos emissários de esgoto, separando as águas dos rios e córregos do esgoto da cidade.
Com a ideia de Saturnino de Brito em prática, era inevitável precisar remodelar todo o restante do sistema de saneamento da cidade. Daí em diante este mesmo esgoto passou a ser encaminhado por encamentos que eram inclinados e enterrados no solo, despejando seu comteúdo até as estações de tratamento adequadas.
Com a separação era preciso captar a água das chuvas, e é aí que os canais santistas surgem. A criação deles (dos sete, por sinal) foram pensados, planejados e criados para, exclusivamente, captar as águas pluviais (chuvas).
Perceba que estes canais são à céu aberto, o que os difere dos canais que ficam "escondidos" na cidade (subterrâneos), que servem para captar o esgoto.
O que se pode afirmar é que os canais de Santos viraram um cartão-postal da cidade, indo muito além do que um super projeto de engenharia.
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