25 de Abril de 2024 • 21:32
Programação tem variedade de temas e opções, como a "Cinderela Brasileira". / Divulgação
O domingo está repleto de apresentações gratuitas. O teatro ocupa a Rua de Lazer de Santos, com três montagens gratuitas e abertas ao público de todas as idades. A partir das 10h as Praiaças ocupam a rua com um cortejo diferente.
Na montagem, um grupo de 10 mulheres palhaças resolvem parodiar canções popularmente conhecidas, cantadas e escritas por autoras mulheres, colocando suas opiniões e indagações em cada letra ali cantada e gritada como forma de luta e resistência. Depois desse CAMINHAR, lançam sua ancora a além-mar e contam suas histórias, deixando com que o público presente se delicie com as palhaçadas e estados de cada Praiaça, com números de adivinhações, mimicas, dança e charadas eles finalizam o cortejo cênico musical com uma grande oração para Santa Luzia, santa de todas as palhaças.
Em seguida, é encenado a peça 'Cinderela Brasileira', da Casa 3 de Artes de Guarujá. Com texto e direção de Kadu Veríssimo, um contador de causos apresenta personagens típicos do sertão nordestino revelando a história de Cinderela Brasileira, a Gata Cangaceira. O clássico ganha uma nova roupagem e características amplamente conhecidas do nordeste brasileiro: sotaque arrastado, o cancioneiro e o jeito autêntico desse povo festeiro e sonhador.
Ainda na Orla, o Coletivo Makeshake apresenta ‘Willian...e nós...’, espetáculo performático que tem como tema o conteúdo narrativo de toda a obra dramatúrgica de William Shakespeare re-significada pela criação de 46 performers. Em 40 espaços cenográficos, tais como gazebos, guarda-sóis, esteiras e beira do mar, as obras do autor são abordadas, cenicamente, por atores que representam suas personagens, mas que, também, constroem, como performers, seu depoimento pessoal sobre a obra, num encontro entre o passado renascentista e a contemporaneidade. Para o espetáculo, o público, preferencialmente, deverá estar com seus trajes de banho.
A Feirarte recebe, às 18h30, o espetáculo ‘O Canto das Mulheres do Asfalto’, de São Paulo. No espetáculo, as mulheres desistem de parir, negando o futuro e dando fim ao morticínio dos seus filhos pela crueldade presente. Exaltando um agora sem ficções futuras, sem esperanças inúteis. O Canto das Mulheres do Asfalto é composto por diversos cantos que desdobram a premissa de um mundo onde as mulheres se recusam a parir novos filhos. Cansadas da realidade atual, elas cantam suas confissões na esperança de que reavaliemos nosso presente. Refletem sobre a sociedade contemporânea, nossas prioridades e escolhas, nosso futuro.
Já no Teatro Municipal, o TEP – Teatro Experimental de Pesquisas Unisanta abre a exposição em homenagem aos 50 anos do grupo. A mostra reúne boa parte de seu acervo imagético (figurinos, adereços, cartazes, festivais, fotografias), com curadoria de Gilson de Melo Barros e Lindalva Parolini. Completa a programação de homenagens o espetáculo ‘As Fiandeiras’, que reúne recortes de seis narrativas escritas e interpretadas, em sua maioria, por mulheres, tratando de questões restritas ao universo feminino, tema desenvolvido pelo grupo a partir de seminário realizado sob o foco “O Princípio Feminino”.
O Núcleo Sem Drama, de São Paulo, encena ‘A farsa do açúcar queimado ou a mulher que virou pudim’. A comédia musical documentária é inspirada na história de uma lavadeira condenada pela Inquisição vinte anos depois dos Pé Rapados perderem a guerra para os Mascates do Recife. Com oito atrizes/cantoras/instrumentistas no elenco, o espetáculo de rua alterna a comédia rasgada com a narrativa épica, sem apelar para o melodrama. Uma farsa épica do Brasil Colônia cheia de som, fúria, gargalhadas, lágrimas, suspense e terror.
Por sua vez, o Centro Cultural Cadeia Velha de Santos recebe ‘Entre Nós’, do Coletivo Arremate de Teatro de Fortaleza. No palco, grades de metal e objetos ditos femininos pairam pelo ar para questionar o que, de fato, é ser mulher. Nas palavras da companhia cearense, "Entre Nós: Buzinas, Chicotes e Ácido" coloca uma lupa sobre a proteção aterrorizante de homens que cometem crimes, em contrapartida à minimização da mulher.
Questões como violência doméstica, empoderamento e equidade permeiam o texto, que leva as assinaturas do quarteto de atrizes em cena a partir de suas próprias experiências pessoais.
AGENDA – AGENDA
Domingo, 26 De Agosto (hoje):
12h30 – Orla da Praia | Willian...e nós..., do Coletivo Makeshake (Baixada Santista)
14h - Centro Cultural Cadeia Velha de Santos | Roda de Conversa ‘Perspectiva Histórica e Contemporânea da Mulher no Teatro
16h – Cine Arte Posto 4 | ‘A Falecida’, na Mostra de Longas FESTA 60
18h30 - Feirarte |O Canto das Mulheres do Asfalto, d’ O Canto das Mulheres do Asfalto (São Paulo)
19h – Teatro Municipal Brás Cubas | Abertura da Exposição TEP 50 anos
19h – Teatro Municipal Brás Cubas | As Fiandeiras, do TEP (Santos)
20h30 – Praça dos Andradas | A Farsa do Açúcar Queimado ou A Mulher que virou Pudim, do Núcleo Sem Drama (São Paulo)
21h30 – Centro Cultural Cadeia Velha de Santos | Entre Nós, do Coletivo Arremate de Teatro (Fortaleza)
22h30 – Praça dos Andradas | Intervenção ‘ABSM – Desobediente, Malcriada e Subversiva’
Cotidiano
As balsas são gratuitas para ciclistas. Idosos e pessoas com deficiência têm embarque prioritário
Cotidiano
Os cadáveres foram encontrados a partir de uma denúncia anônima feita a corporação