27 de Abril de 2024 • 01:41
“Quem não gosta de samba, bom sujeito não é. É ruim da cabeça ou doente do pé”, já versou Dorival Caymmi, na música ‘Samba da minha Terra’. E justamente para garantir ‘mentes sãs’ por meio do aprendizado, estudantes da rede municipal de ensino de São Vicente, que frequentam os Centros Educacionais Recreativos Novo Rumo e Náutica 3, estão aprendendo a tocar instrumentos com o mais contagiante dos ritmos brasileiros.
Segundo a chefe do Departamento Municipal dos Centros Recreativos (CER), Nayene do Carmo, desde outubro, estudantes que têm entre 7 e 17 anos, participam da oficina de samba de lata, onde eles próprios confeccionam seus instrumentos de percussão. “Com esse projeto nós estamos trazendo mais uma novidade para eles, incentivando o talento para a música”.
O CER é um complemento educacional, onde os alunos frequentam cursos diversos voltados para atividades artísticas, recreativas e culturais. A oficina de samba de lata é ministrada pelo músico Alfredo Sambatera. As aulas com duração de duas horas, acontecem uma vez por semana.
“É possível reproduzir o som do Brasil com as latas”, afirmou Sambatera, mostrando os surdos, caixas acústicas, ganzás e tamburins, produzidos pelos alunos com materiais recicláveis que vão de tampinhas de refrigerante a latas de óleo, tintas e galões. “Ver crianças tocando esse ritmo empolgante sensibiliza a gente. O samba é o único ritmo capaz de reunir 300, 400 músicos que quando tocam tornam a música uma coisa poderosa”, declarou Sambatera.
Os Centros Educacionais atendem em média 200 alunos. Desses, 40 foram selecionados para apresentações. Nos dias 3, 6 e 9, este grupo vai se apresentar em nove bairros da Cidade.
O Dia Nacional do Samba é neste sábado, mas para os pequenos aprendizes, cada aula é uma celebração. “Eu me sinto bem tocando”, disse Sabrina Duarte de Souza, de 14 anos. Para a estudante, Samanta Aparecida Nunes, 14, o samba se tornou uma paixão. “Eu comecei a fazer aula, gostei e não quero mais parar de tocar”. Já Thiago Rodrigo Alves da Rocha, de 13, sonha mais alto. “Quero seguir carreira de percussionista. Eu gosto”.
Polícia
Um dos agentes envolvidos alegou que sua câmera corporal estava descarregada no momento dos tiros
Cotidiano
O acidente ocorreu por volta das 6h30, no cruzamento da Rua Comendador Martins com a Júlio de Mesquita