26 de Abril de 2024 • 11:04
Manifestantes começaram a chegar na manhã de hoje (25) ao centro do Cairo, no Egito, no dia em que a oposição marcou uma jornada de contestação ao presidente Mouhamed Mursi e à Irmandade Muçulmana, com epicentro na Praça Tahrir. O local se tornou símbolo da revolução que levou à queda do regime do presidente Hosni Mubarak, que governou o país por quase 30 anos.
Na noite desta quinta-feira (24), houve confronto entre a polícia e manifestantes que exigiam a demissão do presidente recém-eleito, Mouhamed Mursi. Eles tentaram desmontar uma barreira construída com blocos de concreto próximo à Praça Tahrir. As barreiras foram erguidas em 2012 para proteger edifícios governamentais e dos serviços de segurança na área.
Os manifestantes, que se reuniram para marcar os dois anos da onda de protestos pedindo a democratização do país, acusam Mursi e seus partidários da Irmandade Muçulmana de terem traído os ideais da revolução. Eles reclamam da lentidão das reformas por parte do governo, principalmente no que diz respeito ao combate à corrupção e à pobreza; e à justiça social.
A Constituição aprovada em referendo em dezembro de 2012 é outro tema que divide a sociedade egípcia, polarizada no apoio aos islamitas e na contestação aos poderes eleitos.
Os protestos populares ocorridos no Egito fizeram parte da onda de manifestações de rua e revoluções que ficaram conhecidas como Primavera Árabe e que levaram à queda de regimes autocráticos na Tunísia, no Egito e na Líbia.
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