X

Cotidiano

No primeiro dia de trabalho, dependente fuma crack

A primeira manhã da Operação Braços Abertos deu mostras do tamanho do desafio que o programa da gestão Fernando Haddad (PT) deve enfrentar nos próximos meses

Publicado em 16/01/2014 às 17:04

Comentar:

Compartilhe:

A-

A+

A primeira manhã da Operação Braços Abertos - conjunto de ações voltadas à redução de danos, que inclui fornecimento de habitação, alimentação, emprego e assistência médica para moradores da Cracolândia, no centro de São Paulo - deu mostras do tamanho do desafio que o programa da gestão Fernando Haddad (PT) deve enfrentar nos próximos meses. Já com os uniformes do novo emprego, de varredor de praças, parte dos dependentes caminhou da Rua Helvetia para o Largo Coração de Jesus, onde ainda há tráfico de drogas, e fumaram pedras de crack antes de trabalhar, nesta quinta-feira, 16.

A reportagem contou oito atendidos pelo programa entre a multidão que ainda permanece ali. Poucos, em relação aos cerca de 300 dependentes que estão no programa. A Operação Braços Abertos consiste em custear o aluguel de quartos para os ex-moradores da minifavela da Cracolândia, fornecer três refeições por dia, dar emprego na varrição de praças (com jornada de quatro horas diárias e salário de 15 reais por dia) e manter acompanhamento médico para eles.

A secretária municipal de Assistência Social, Luciana Temer, diz que a Prefeitura está preparada para "ser bombardeada" por críticas ao projeto, mas que a proposta é de longo prazo e é preciso persistência. "É uma construção. É um programa da (secretaria) de Saúde. Todos os outros aspectos, de trabalho e assistência, são complementares", disse. "Teve um grupo que até disse que precisava ir usar a droga, insistia. Não dá para impedir. Mas é importante eles voltarem para o trabalho e se manterem conectados", disse. O prefeito Fernando Haddad esteve lá na manhã desta quinta-feira. Ouviu perguntas dos atendidos. "É só até a Copa? Até quando vai durar?", questionou um deles. Haddad disse que o programa é feito "para dar certo" e não tem prazo de término.

O prefeito Fernando Haddad esteve no local na manhã desta quinta-feira e ouviu perguntas dos atendidos (Foto: Divulgação)

Apoie o Diário do Litoral
A sua ajuda é fundamental para nós do Diário do Litoral. Por meio do seu apoio conseguiremos elaborar mais reportagens investigativas e produzir matérias especiais mais aprofundadas.

O jornalismo independente e investigativo é o alicerce de uma sociedade mais justa. Nós do Diário do Litoral temos esse compromisso com você, leitor, mantendo nossas notícias e plataformas acessíveis a todos de forma gratuita. Acreditamos que todo cidadão tem o direito a informações verdadeiras para se manter atualizado no mundo em que vivemos.

Para o Diário do Litoral continuar esse trabalho vital, contamos com a generosidade daqueles que têm a capacidade de contribuir. Se você puder, ajude-nos com uma doação mensal ou única, a partir de apenas R$ 5. Leva menos de um minuto para você mostrar o seu apoio.

Obrigado por fazer parte do nosso compromisso com o jornalismo verdadeiro.

VEJA TAMBÉM

ÚLTIMAS

São Vicente

Instalação de comportas e obras de canal ajudarão no combate às enchentes de SV

Intervenções reduzirão incidência de alagamentos em cerca de 80%

Polícia

Trio ligado ao tráfico é preso em Peruíbe

A ocorrência foi conduzida por policiais da Delegacia de Polícia Sede do município

©2024 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software

Newsletter