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Cotidiano

Moradores reclamam da falta de ônibus em Itanhaém

A Reportagem esteve nos pontos das avenidas Condessa de Vimieiros e Rui Barbosa, na região central do município, e ficou por mais de uma hora no local, mas não passou nem um ônibus

Nayara Martins

Publicado em 06/06/2020 às 10:02

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Usuários afirmam ter que esperar mais de duas horas nos pontos de ônibus para pegar uma condução em Itanhaém. / NAIR BUENO/DIÁRIO DO LITORAL

Usuários do transporte urbano de Itanhaém reclamam da falta de linhas e de itinerários dos ônibus. As pessoas afirmam que chegam a esperar mais de duas horas nos pontos, tanto nos bairros como na região central da Cidade.

A Reportagem esteve nos pontos das avenidas Condessa de Vimieiros e Rui Barbosa, na região central do município, e ficou por mais de uma hora no local, mas não passou nem um ônibus.

"A demora dos ônibus está um problema sério, apesar de morar na divisa entre Itanhaém e Mongaguá, prefiro vir aos bancos e fazer compras em Itanhaém", afirma o aposentado João Gomes, morador do bairro Flórida Mirim. Ele explica que usa os ônibus das linhas Loty ou Campos Elíseos, mas que estão com atrasos de mais de duas horas há bastante tempo.

A servidora pública Floriza Gonçalves, moradora do bairro Gaivota, também reclama da situação. "Já liguei para a empresa Litoral Sul para reclamar e eles alegam que a empresa não tem culpa e que a responsabilidade pelas alterações nas linhas é da prefeitura".

Ela destaca ainda que a alternativa são as vans, já que as linhas para o Gaivota passam a cada quatro horas. "O pior é que as vans estão sempre superlotadas e as pessoas acabam se aglomerando".

Um fiscal da Cooper Vida, uma das empresas que faz o transporte alternativo, explica que as vans estão realizando o itinerário para os bairros Centro, Gaivota, e para Mongaguá e Peruíbe. Durante a quarentena, a empresa passou a circular com 22 veículos, segundo o fiscal Willian de Oliveira Almeida.

COBRANÇA

Na sessão da Câmara de Itanhaém, no dia 1º, o vereador Diomário de Souza Oliveira (PR) apresentou requerimento solicitando à empresa Litoral Sul que aumente o número de linhas e horários para o bairro Mambú. Ele explica que o bairro fica a 11 quilômetros do centro e conta apenas com dois horários, pela manhã e à tarde.

O vereador Carlos Antônio Ribeiro (PSDB) também confirmou que a empresa Litoral Sul não está cumprindo as normas do contrato com a prefeitura. Ele já enviou um ofício à Cetesb solicitando que o órgão fiscalize e dê um parecer sobre uma possível contaminação do solo, onde está localizada a garagem da empresa, no bairro Chácaras Cibratel, em Itanhaém.

OUTRO LADO

A Prefeitura de Itanhaém enfatiza que, em cumprimento ao acordo judicial, a redução dos veículos no transporte urbano irá perdurar enquanto estiver em vigor o estado de calamidade.

O prazo é de seis meses para a adequação da empresa Litoral Sul ao contrato assinado em 2016, que foi determinado judicialmente, em audiência entre as partes. Segundo a Administração esse prazo se encerra em 8 de junho.

Após isso, não tendo a empresa cumprido os termos acordados, a Prefeitura irá demandar à Justiça para que sejam retomados os procedimentos licitatórios para a contratação de nova empresa concessionária para o transporte coletivo municipal.

A Administração afirma ainda que o transporte alternativo não é legalizado no Município, tornando-se uma prática clandestina. E por isso, a prefeitura realiza operações com o objetivo de coibir o transporte clandestino. E que não há previsão legal e nenhuma indicação por parte da municipalidade para regularizar esse tipo de transporte.

A Reportagem fez contato com a empresa Litoral Sul, responsável pelo serviço de transporte urbano na cidade, mas não obteve um retorno até o fechamento desta edição.

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