26 de Abril de 2024 • 02:06
O Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente, localizado na Rua Frei Gaspar, 280, no Centro da Cidade, será totalmente recuperado até o final de 2016. A informação é do atual presidente do órgão, Paulo Eduardo Costa. “O projeto envolve também a restauração de todo complexo histórico, que engloba a casa do Barão Kurt Von Pritzelwitz, construída no início do século 20, e a mais antiga casa da Região, que pertenceu ao Coronel Lopes, que deu o nome à Praça do Correio, construída em 1863”, revela.
Segundo Eduardo Costa, a ideia é transformar o local em um grande polo cultural da Baixada Santista. Num cálculo preliminar, segundo Costa, o projeto terá um custo de R$ 4,5 milhões, recursos que deverão vir dos governos Estadual e Federal.
Ele conta que já foi iniciada a avaliação do acervo, que deve terminar em 15 de julho próximo; e o processo de autorização de restauração da área com o Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) e de reativação cultural e a reabertura da galeria de artes. “Estamos com várias frentes de trabalho em andamento, envolvendo música, poesia, leitura, enfim”, conta.
O presidente afirma que além da restauração do prédio, recuperação e ampliação do sistema elétrico e de segurança e preservação da área externa, serão realizadas alterações técnicas que proporcionarão mais visibilidade ao local, como a restauração também do acervo. “Vamos reestabelecer a grande história deste lugar. Já reativei o polo cultural e agora queremos criar comissões temáticas de estudos científicos, políticos, historiográficos. Vamos parar de servir apenas como decoração e nos tornarmos um amplo centro de estudos”, afirma.
Costa lembra que o instituto possui o maior acervo histórico da Região, com obras do século 16, envolvendo esculturas, quadros, plantas, 10 mil livros e diversas outras raridades.
“Encontrei aqui uma edição original dos Lusíadas (obra poética do escritor Luís Vaz de Camões). Temos um amplo potencial histórico que atualmente está desperdiçado. As pessoas merecem ter acesso a tudo isso”, afirma, alertando também sobre início de parcerias por intermédio do Programa de Ação Cultural do Governo do Estado de São Paulo (Proac) e da Lei Rouanet (Federal de Incentivo à Cultura).
O Instituto Histórico possui mais 1.400 peças, algumas raridades, amostras de pedras brasileiras, fósseis, além de uma valiosa coleção numismática. Em 1988, a Casa do Barão foi tombada com o apoio da Prefeitura. A resolução foi assinada pela então secretária de Estado da Cultura Bete Mendes.
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