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O Instituto Médico Legal (IML) de Praia Grande vai voltar a funcionar dentro de, no máximo, 20 dias. Interditado desde novembro do ano passado, o equipamento volta a atender, primeiramente, a demanda para exames de corpo de delito. O setor de necropsia continua a funcionar no IML de Santos por, pelo menos, mais um mês.
Uma comitiva formada, entre outras autoridades, pelo prefeito Alberto Mourão, a responsável pela Superintendência da Polícia Técnico-Científica, Norma Sueli Bonaccorso, e a promotora de Justiça Ana Maria Frigério Molinari visitou, ontem, o IML interditado.
Fechado desde o final de novembro do ano passado, o local se encontrava sujo e sem refrigeração. As câmaras frigoríferas, segundo o próprio prefeito, estavam funcionando perfeitamente, mas não tinham o mecanismo de vedação adequado.
O motivo da reunião das autoridades no equipamento ontem foram as reclamações da população de algumas cidades do Litoral Sul e Vale do Ribeira, que tinha que se deslocar até Santos para serem atendidas.
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O IML de Praia Grande é, no entanto, alvo de ação judicial desde 2010 por conta das más condições do equipamento, que foi interditado pela Vigilância Sanitária.
A promotora de Justiça Ana Maria diz que o Ministério Público acompanha as tratativas para reabertura do IML o quanto antes. “O nosso objetivo é verificar a disposição da Prefeitura e colaborar com o Estado para que a população volte a ser atendida logo e não seja mais prejudicada”, explica.
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Segundo Ana Maria, a ação que corre na Justiça determina uma série de adequações, entre elas providenciar local próprio para a colocação de corpos, vedação correta das geladeiras, proteção individual para os funcionários e a eliminação de insetos, que foram flagrados durante vistoria da Vigilância Sanitária.
De acordo com Mourão, ajustes simples como pintura e troca de piso serão feitos dentro de 20 dias, para que o IML volte a abrigar o atendimento de exames de corpo de delito. Já para o funcionamento do setor de necropsia, as adequações podem levar até dois meses.
“Nós só tivemos conhecimento das condições do IML depois que fechou. Eu só tomei ciência pela imprensa. Se eu soubesse, eu teria agido para não chegar nesse ponto”, justifica o prefeito por não ter realizado as adequações antes da interdição.
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Novo IML
No encontro de ontem também ficou acertado que a Prefeitura de Praia Grande vai doar o terreno onde hoje funciona o IML ao Governo do Estado, assim como também vai elaborar um projeto executivo para a construção de um novo prédio que abrigue todos os serviços do instituto.
Norma Sueli Bonaccorso, da Polícia Técnico-Científica do Estado, diz que fica por conta da Secretaria de Segurança Pública arcar com os custos da construção do equipamento. “Nós vamos entrar com o dinheiro para a construção de um novo IML, que vai congregar os exames de corpo de delito e necropsia”.
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A previsão inicial para a entrega do novo equipamento é de um ano.