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Cotidiano

Francês deixa emprego de terno e gravata em Paris e abre padaria em Santos

O 1º Festival do Imigrante, que será realizado entre sexta (4) e domingo (6), no Centro Histórico, trará de volta um pouco da cultura francesa

Da Reportagem

Publicado em 01/10/2019 às 19:02

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Aos 51 anos, Marc já está habituado com o jeito do santista / Divulgação/PMS

Nascido em Paris, na França, Marc Lejeune já tinha uma forte ligação com Santos mesmo antes de imigrar para o País. Afinal, casou-se há 14 anos com uma santista, que conheceu pela internet, e passou a vir constantemente para a região. Até que, em 2015, veio a decisão de morar definitivamente no Brasil. A vida anterior ficou para trás, mas o 1º Festival do Imigrante, que será realizado entre sexta (4) e domingo (6), no Centro Histórico, trará de volta um pouco da cultura francesa, prestigiando uma comunidade que veio para Santos entre o final do século 19 e início do 20.

''Ouvi muitos me perguntarem o que eu estava fazendo vindo para cá, enquanto todo mundo queria ir para Paris. E eu disse: 'todo lugar pode ser bom, desde que você leve as coisas boas com você''. E não foi somente a decisão de vir para o Brasil que surpreendeu. Por trás da mudança estava também um outro projeto: ser padeiro em Santos.

Após um curso intensivo na Escola de Padaria Francesa, em Paris, ele e a esposa Ângela abriram uma boulangerie no coração da Vila Mathias, em 2016. Despertaram a curiosidade e até mesmo desconfiança de quem passava pelo local. Mas o estabelecimento conquistou o público e o croissant, o famoso pão de massa folhada em forma de meia-lua, feito com muita manteiga, é o carro-chefe.

Aos 51 anos, Marc já está habituado com o jeito do santista. Depois de trabalhar tantos anos em Paris na área da informática, vestido de terno e gravata, hoje diz que o melhor do dia é vestir uma camiseta e bermuda após o expediente, hábito que na França, especialmente em Paris, não é comum.

''Me sinto à vontade e acolhido", garante. E Ângela reforça que a personalidade do marido, diferente do europeu em geral, tem a cara do brasileiro, especialmente do santista. ''Ele é espontâneo, informal, e diz que, aqui, tem mais qualidade de vida''.

Festival

Além de comidas típicas, a comunidade francesa poderá conferir, no sábado (5), às 18h, durante o 1º Festival do Imigrante, uma apresentação de Clássicos Franceses, com a cantora Gisele Afeche e Johnny Oliveira (violão), e o espetáculo 'Páginas, uma homenagem a Edith Piaf', com o Balé da Cidade de Santos.

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