26 de Abril de 2024 • 01:06
Vários proprietários de vans e micro-ônibus apresentaram nesta quarta-feira (23) dezenas de tickets no valor de R$ 25,00, referentes à cobrança da entrada de veículos no pátio do Terminal Marítimo de Passageiros Giusfredo Santini - Concais, de Santos, ratificando denúncia do presidente do Sindicato das Empresas de Transporte, Locação e Fretamento de Micro-Ônibus no Estado de São Paulo (Setlofemesp), Edson Rocha, o Edinho.
Na última terça-feira (22), a assessoria de imprensa do Terminal revelou que a informação não procedia. Ontem, diante dos tickets apresentados, a assessoria explicou que o único ticket fornecido pelo Concais é o de estacionamento e que o terminal credencia as empresas de transporte de turistas, que estejam regulamentadas por um órgão governamental — a exemplo dos táxis que são cadastrados pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) e de ônibus de fretamento regulamentados pela Agência de Transporte do Estado de São Paulo (ARTESP).
No entanto, junto com os tickets, os transportadores voltaram a questionar a empresa, alertando que a cobrança seria completamente irregular, pois o terminal funciona dentro de área federal e não pode haver diferença, já que o serviço é o mesmo.
Edinho disse que já está buscando o cancelamento da taxa junto a Prefeitura de Santos e por intermédio do deputado federal Beto Mansur (PP) e com o presidente de Câmara, Sadao Nakai (PSDB).
Além da cobrança, o sindicalista revelou que os donos de vans são obrigados a estacionar na Avenida Perimetral (onde geralmente são multados por agentes de trânsito) e os passageiros a andar debaixo de chuva e enfrentar lama, trilhos de trem e outros obstáculos.
O sindicalista voltou a denunciar outro problema já abordado pelo Diário do Litoral no ano passado: um suposto acordo “desleal”, entre o Concais e as principais empresas de ônibus particulares de São Paulo, em que os passageiros estão sendo transportados do Terminal do Jabaquara (SP) ao Concais, e vice-versa, sem passar pela Rodoviária de Santos.
A iniciativa estaria desfavorecendo não só as vans, mas também os táxis, não contribuindo para a economia de Santos. O problema desfavorecia também outro segmento: o comércio, principalmente do centro da Cidade (restaurantes, bares, lojas em geral), pois os passageiros não teriam a possibilidade de consumir bens e serviços, gerando mais impostos.
Sobre a questão, o Concais alegou que a linha é regulamentada pela ARTESP a pedido da Prefeitura de Santos, situação que já foi desmentida pelo então prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB). Edinho também está levando esse problema para a administração do prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB).
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