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Cotidiano

Alckmin lança programa que ampliará acesso à mamografia pelo SUS em SP

Cinco veículos equipados com mamógrafo e ultrassom vão percorrer o Estado para fazer 60 mil exames por ano, gratuitamente, pelo programa estadual “Mulheres de Peito”

Publicado em 26/12/2013 às 15:22

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O governador Geraldo Alckmin lançou nesta quinta-feira, 26 de dezembro, o programa “Mulheres de Peito”. Idealizado pela Secretaria da Saúde, o programa quer incentivar as mulheres paulistas com idades entre 50 e 69 anos a realizarem exames preventivos de mamografia a cada dois anos na rede pública. A iniciativa tem como objetivo promover um rastreamento contínuo e organizado da doença, visando à detecção precoce de tumores malignos, inclusive nas fases em que a mulher não apresenta nenhum sintoma.

O governador explicou a importância da iniciativa. “O câncer de mama é o tipo mais freqüente de câncer entre as mulheres, mas, quando diagnosticado precocemente, é curável. Nas unidades móveis é possível fazer a mamografia e, se necessário, ultrassom, punção e até histologia, levando a um tratamento rápido da doença, com bons resultados e salvando muitas vidas”, afirmou Alckmin.

Em uma primeira etapa, quatro carretas-móveis e um caminhão adaptado irão percorrer o Estado a partir de 2014, incluindo locais distantes onde o exame não é oferecido, para a realização gratuita do procedimento. Cerca de 60 mil mamografias a mais por ano serão realizadas apenas por meio das unidades móveis. O investimento do Governo do Estado será de R$ 14 milhões.

Para as mulheres entre 50 e 69 anos de idade, não haverá necessidade de pedido médico de mamografia para a realização do exame nas unidades móveis. Pacientes fora dessa faixa etária também poderão realizar os exames, mas desde que tenham em mãos um pedido médico, que pode ter sido emitido tanto pela rede pública quanto particular.

 Carretas do programa Mulheres de Peito, equipadas com mamógrafo e ultrassom, percorrerão o Estado para fazer 60 mil exames por ano (Foto: José Luis da Conceição/Divulgação)

As unidades móveis de mamografia contarão com uma equipe multidisciplinar composta por técnicos em radiologia, auxiliares de enfermagem, funcionários administrativos e um médico ultrassonografista. As carretas têm 15 metros de comprimento, 4,10 metros de altura e, quando abertas, 4,90 metros de largura. Além de mamógrafo, cada veículo será equipado com aparelho de ultrassom, conversor de imagens analógicas em digitais, impressoras, antena de satélite, computadores, mobiliários e sanitários.

Os exames poderão ser feitos de segunda a sexta-feira, das 9h às 20h, e aos sábados das 9h às 13h. As imagens captadas pelos mamógrafos serão encaminhadas para o Serviço Estadual de Diagnóstico por Imagem (Sedi), serviço da Secretaria da Saúde que emite laudos à distância, na capital paulista. O resultado sairá em até 48 horas após a realização do procedimento.

Caso seja detectada alguma alteração no exame, as pacientes serão contatadas pela Secretaria para a realização de biópsia guiada por ultrassom ou outros exames complementares. Havendo sinais de câncer maligno, a paciente será encaminhada a um serviço de referência do SUS para fazer o tratamento.

A primeira carreta do programa ficará instalada por um período de testes, de 30 dias, na rua Adolfo Pinheiro, bairro de Santo Amaro, na zona sul da capital. Outras três carretas-móveis deverão entrar em operação ainda no primeiro bimestre de 2014. Os veículos irão percorrer, inicialmente, outros bairros da capital e cidades da região metropolitana. O caminhão adaptado irá oferecer estrutura similar à das carretas, e será usado em municípios menores e de difícil acesso do interior.

O programa nasceu a partir de um levantamento da Secretaria apontando que, embora o Estado de São Paulo possua 4,4 vezes mais mamógrafos pelo SUS do que o indicado pela OMS (Organização Mundial de Saúde), a cobertura bienal do exame na faixa etária de 50 a 69 anos não vem atingindo a meta de pelo menos 70%.

Além da melhora na detecção precoce do câncer de mama, maior causa de morte por tumores em mulheres no Brasil e em São Paulo, o programa tem como objetivo ampliar o acesso ao diagnóstico e tratamento da doença, aumento na cobertura de mamografia na faixa dos 50 a 69 anos e redução gradativa na mortalidade por câncer de mama em todo o Estado.

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