04 de Maio de 2024 • 19:18
Polícia Militar e manifestantes contrários ao impeachment entraram em confronto / Fabio Braga/Folhapress
A reação ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff nas ruas do país foi marcada por manifestações a favor e contra a decisão nesta quarta-feira (31). O maior e mais conturbado ato foi em São Paulo, durante a noite, quando a Polícia Militar e manifestantes contrários ao impeachment entraram em confronto.
O ato começou sem incidentes, ocupando duas faixas da avenida Paulista, e saiu em direção ao centro. Quando chegou à rua da Consolação, a confusão começou. Manifestantes jogaram pedras e paus; a PM disparou bombas de gás.
Mais cedo, logo após a votação do Senado, no início da tarde, houve buzinaços no Morumbi e em Higienópolis, bairros nobres de São Paulo. Na Vila Madalena, fogos de artifício foram soltos e, no Mercado Municipal, no centro, a cassação foi comemorada.
Na avenida Paulista, cerca de 50 manifestantes acenderam velas em um bolo com desenho da bandeira nacional.
Gritavam "Fora, Dilma" e "Lula na prisão" sobre a faixa de pedestres a cada semáforo fechado em frente à Fiesp (Federação das Indústrias de São Paulo).
O buzinaço cresceu com o trânsito do fim de expediente de trabalho. Manifestantes a favor da saída de Dilma soltaram fogos e ligaram um alto-falante que tocou o hino nacional e gritos de guerra hostis ao PT.
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