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Sob grave crise, São Vicente tenta renascimento no futebol

Após dois anos parado, o Calungão volta a disputar torneio da Federação Paulista de Futebol, em agosto

Publicado em 28/06/2016 às 12:10

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Clube obteve liberação e receberá jogos da equipe Sub-15 e Sub-17, no Mansueto Pierotti / Matheus Tagé/DL

Com o Mansueto Pierotti interditado e vivendo uma grande crise financeira, o São Vicente se viu longe dos holofotes do futebol na região e foi obrigado a se licenciar junto à Federação Paulista de Futebol nos últimos dois anos. Agora, no entanto, ainda colhendo os cacos do mau momento, o clube tem a chance de retornar às atividades.

Com a aprovação do AVCB (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros) para a disputa de partidas de caráter amador, o Calungão tem presença garantida no Torneio Paulista de Futebol Sub-15 e Sub-17, no início de agosto. A competição serve como um alívio aos dirigentes e torcedores, que não veem o clube em ação, seja nas categorias de base ou na equipe profissional, desde 2014.

A primeira partida no torneio será realizada no dia 06 de agosto, contra o Brasilis FC, em Águas de Lindóia. Já a retomada dos jogos em terras vicentinas acontece no dia 13, contra o Jaguariúna FC. Sob muito sacrifício, a garotada está sendo pinçada em times de várzea, de praia, society, futsal e outros seleiros da região.

“Está sendo um início complicado, com muita luta, mas estamos contando com a ajuda de amigos, sócios e familiares que, assim como nós, ajudam como podem e sonham com essa volta. Precisamos dar vida ao clube. Estou com uma bala só e dando tiro para todos os lados. Estes garotos são da Área Continental, Centro, Itararé, além de alguns pontos de Santos”, disse José Reinaldo Cavalcanti, o “Neno”, presidente do São Vicente Atlético Clube, desde janeiro de 2016.

“Os outros times da região, como a Portuguesa Santista e Jabaquara, estão em evidência. Já o São Vicente ficou de lado. Não se fala mais no clube, que vive uma crise muito grande e precisa de ajuda. Temos que nos unir e buscar parcerias para colocar esse clube novamente na briga. Aqui foram revelados grandes jogadores. Não vamos desistir dos nossos sonhos”, completou Waldir Santos, diretor executivo do clube.

Mesmo esperançosos com a retomada das atividades nas categorias de base, os dirigentes admitem que o São Vicente levará um bom tempo para voltar a contar com um time profissional para disputa da Segundona do Paulistão, equivalente ao quarto patamar do futebol do Estado. Isso por que o clube necessita de parceiros que possam investir em gastos no torneio, além de um estádio para, no mínimo, cinco mil pessoas. Atualmente, o Mansueto Pierotti, que não conta mais com arquibancadas móveis, tem capacidade para cerca de três mil expectadores.

“Eles liberaram o Mansueto para as categorias de base, porque não vai ter torcida. Para o profissional, no entanto, a história é outra. Temos um projeto, um estudo, onde pretendemos fazer uma reforma com leis de incentivo Estadual e Federal. Mas isso demanda muito tempo. Temos uma semente plantada para a volta dos profissionais em 2018, mas ainda é muito cedo para falar”, disse Neno.

Para aliviar as receitas. Vivendo sérios problemas financeiros, o São Vicente tenta de todas as formas gerar receitas para quitar antigas dívidas trabalhistas e realizar uma reestruturação do clube. A principal aposta se dá na transferência do lateral Júnior Caiçara, que foi negociado com o Shalke 04, da Alemanha, no fim do ano passado.

Nascido e criado no Parque das Bandeiras, na Área Continental de São Vicente, Junior atuou nas categorias de base do clube de seu município. Por conta disso, o São Vicente tem direito a parte da venda do atleta, já que é o clube formador do mesmo. Segundo Neno, uma parte da quantia foi depositada na gestão anterior e outra deve chegar aos cofres  ainda neste ano.

“Esse valor pode nos ajudar muito na reestruturação. Nosso time estava sendo levado para a lama nos últimos anos, mas agora estamos trabalhando muito para reerguer o São Vicente. Acredito que, com a força de todos, sairemos dessa situação”, disse Neno.

 

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