Incomodado, Santos rompe com Briosa e ainda sonha com novo estádio

Chegou ao fim a parceria do Santos com a Portuguesa Santista. Incomodado com a decisão da equipe coirmã em seguir com o projeto do Grupo Mendes para a construção de nova arena, o clube decidiu que não continuará emprestando atletas, como aconteceu neste ano, quando 14 jogadores alvinegros ajudaram a Briosa na conquista da Segunda Divisão do Paulistão.

O Peixe contava com o apoio da equipe lusitana para a construção de seu novo estádio, com capacidade para cerca de 27 mil pessoas. Neste ano, o time apresentou o projeto que previa a revitalização do Ulrico Musa, em troca de cessão de parte do terreno. O problema, porém, é que a Briosa optou por proposta feita pelo grupo do famoso empresário da região.

Segundo apuração do Diário do Litoral junto a membros do conselho e dirigentes, o clube lusitano entende que a parceria proposta pelo Peixe não foi vantajosa. Além de perder parte do terreno, a Briosa ficaria com papel secundário no negócio. A oferta do empresário Armênio Mendes, por sua vez, deixaria o clube em maior evidência.

“Recebemos com naturalidade essa decisão. Precisamos respeitar a posição da Portuguesa Santista a favor da proposta do Grupo Mendes. No entanto, não seguiremos com a nossa parceria para o próximo ano. Não existe parceria com que não quer ser parceiro”, afirmou o presidente do clube, Modesto Roma Júnior, em entrevista concedida ao Jornal Diário do Litoral.

Apesar de ser descartado do projeto lusitano, o clube acredita que é possível construir um estádio na área vizinha ao Ulrico Mursa. A proposta inicial, que não envolvia a Portuguesa Santista, previa a construção da arena santista num terreno de 88 mil m², 20 mil dos quais pertencem à Associação Atlética Portuários. O restante (68 mil m²) teria que ser adquirido junto à SPU.

Contando com o investimento de um grupo norte-americano, que promete investir cerca de R$ 450 milhões, o Santos acredita ser possível adquirir esta área anteriormente citada. Além disso, o clube estuda maneiras viáveis de “chapelar” a Briosa e adquirir área de 26 mil m², hoje ocupada pelo time coirmão, mas que também pertence à Secretaria de Patrimônio da União.  

“Esta parceria firmada não inviabiliza o nosso sonho de construção de estádio. Ainda temos outros projetos, que seriam completamente plausíveis para o clube”, completou Modesto.