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Advogados de Del Nero pedem à Fifa mais tempo para a apresentação de defesa

Del Nero, segundo a procuradoria norte-americana, teria recebido US$ 6,5 milhões (R$ 21 milhões) em propinas por contratos de TV e de torneios

Estadão Conteúdo

Publicado em 04/01/2018 às 00:31

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O presidente da CBF foi suspenso por 90 dias pela Fifa / Rafael Ribeiro/CBF/Fotos Públicas

Os advogados de Marco Polo Del Nero, presidente da CBF afastado por 90 dias pelo Comitê de Ética da Fifa, pediram uma extensão no tempo do processo de defesa. Os advogados solicitaram que os seus documentos sejam enviados no próximo dia 15 para Zurique, na Suíça, onde fica a sede da Fifa. A entidade máxima do futebol havia dado até esta quinta-feira para Del Nero apresentar a sua defesa.

A Fifa suspendeu o presidente da CBF por 90 dias diante das referências à corrupção que foram feitas ao brasileiro durante o processo que julgou e condenou José Maria Marin, ex-presidente da CBF na Justiça dos Estados Unidos. Del Nero, segundo a procuradoria norte-americana, teria recebido US$ 6,5 milhões (R$ 21 milhões) em propinas por contratos de TV e de torneios.

Durante o julgamento, os advogados de José Maria Marin tentaram jogar a culpa em Marco Polo Del Nero, argumentando que era ele o real presidente da CBF. Agora, as posições se inverteram. Os advogados de Del Nero insistem que os documentos do processo não trazem provas que vinculem ou provem pagamentos diretos ou indiretos para o seu cliente.

Ao longo de meses, a procuradoria norte-americana reuniu gravações telefônicas, grampos, planilhas e outros documentos que sustentaram a condenação de José Maria Marin. Várias testemunhas, porém, citaram textualmente a presença de Marco Polo Del Nero em reuniões que se estabeleceu o pagamento de propinas, assim como anotações e dados sobre as transferências ao brasileiro.

Para os advogados, esse mesmo órgão, em dois anos e meio de supostas investigações contra Marco Polo Del Nero, não produziu uma só linha de provas contra o brasileiro. Tudo o que existe foi "importado" de Nova York, o que para a defesa invalidaria uma decisão da Fifa, que precisaria produzir as suas próprias evidências.

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