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Cultura

'Bizarros Peixes das Fossas Abissais' será exibido gratuitamente em Santos

É o primeiro longa do diretor Marão e a obra conta com distribuição da 'Sessão Vitrine Petrobras' em parceria com a Boulevard Filmes. A exibição acontecerá neste domingo (4)

Da Reportagem

Publicado em 01/02/2024 às 17:23

Atualizado em 02/02/2024 às 12:18

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Filme estreou nacionalmente em 25 de janeiro de 2024 e conta com as vozes de Natália Lage, Rodrigo Santoro e Guilherme Briggs / Boulevard Filmes/Divulgação

No domingo, dia 4 de fevereiro, no Cine Arte Posto 4 (Av. Vicente de Carvalho - Gonzaga, Santos - SP), haverá sessões gratuitas do filme BIZARROS PEIXES DAS FOSSAS ABISSAIS, do premiado diretor de curtas, Marão. Os horários das sessões são 16h30, 18h30 e 21h. É o primeiro longa do diretor e a obra conta com distribuição da Sessão Vitrine Petrobras em parceria com a Boulevard Filmes.

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O filme estreou nacionalmente em 25 de janeiro de 2024 e conta com as vozes de Natália Lage, Rodrigo Santoro e Guilherme Briggs. Nele, acompanhamos três personagens em uma jornada até as profundezas do oceano: uma mulher com superpoderes excêntricos, uma tartaruga com transtorno obsessivo-compulsivo e uma nuvem com incontinência pluviométrica.

BIZARROS PEIXES DAS FOSSAS ABISSAIS fez uma linda trajetória em festivais internacionais e nacionais. A obra recebeu Menção Honrosa dentro da Première Brasil - Novos Rumos no Festival do Rio deste ano. Também recebeu o prêmio de Melhor Longa pelo Júri Popular do MONSTRA Festival, em Lisboa, e fez parte da programação da 47ª Mostra Internacional de Cinema em São Paulo, do Festival Internacional Del Nuevo Cine Latinoamericano de Havana (CUBA) e da 27ª Mostra de Cinema de Tiradentes.

O filme, como título já deixa claro, traz personagens peculiares, como uma mulher com poderes inesperados, uma tartaruga com transtornos obsessivos-compulsivos e uma nuvem com incontinência pluviométrica. 

“É um título estranho para um filme estranho. A protagonista traça uma jornada heroica em busca de algo. No caso, a heroína percorre múltiplos e distintos locais, desde a Baixada Fluminense até a Sérvia e as fossas abissais do título, para encontrar partes de um misterioso mapa”, explica o diretor que também assina o roteiro do longa.

Essa jornada funciona apenas para possibilitar bizarras situações de humor nonsense durante todo o filme, envolvendo um trio que inclui uma mulher cuja região glútea se metamorfoseia em um primata ao pronunciar a frase "Minha Bunda É Um Gorila". Voltada para o público jovem adulto, essa é uma comédia estilizada de super-heróis bizarros.

“A animação 2D tradicional é utilizada seguindo a técnica chamada de full animation, na qual todo o personagem se move e não apenas partes dele: se ele corre, todo o personagem é redesenhado para movimentar os braços e pernas e também os cabelos e roupas, criando um movimento mais fluido essencial para as - muitas - cenas de ação e de luta deste que é um filme de super-heroína, mas simultaneamente de humor exagerado”, explica o cineasta. 

Marão conta que fez seu primeiro longa da mesma lógica que seus curtas: sem model sheet, sem storyboard e sem animatic, improvisando as cenas de um modo teatral, em ordem cronológica. “A primeira cena do filme foi a primeira a ser animada e a última foi a última a ser animada. A narrativa e o design dos personagens evoluíam à medida que o filme avançava, assim como uma graphic novel autoral onde o design do personagem se altera com o passar das páginas. E eu não queria ‘dirigir’ enquanto uma equipe animava e desenhava. Eu queria desenhar e animar também, de preferência a maior parte do filme.”

O diretor explica que fez diversos desenhos a lápis no papel, e montou uma pequena equipe com pessoas próximas para produzir BIZARROS PEIXES DAS FOSSAS ABISSAIS. “Ao invés de quatrocentos animadores, fomos Rosaria, Fernando Miller e eu a animar o longa em 2D tradicional / full animation por seis anos. Antes disso, foram quase quatro anos para captação de recursos. Praticamente dez anos no total. A equipe foi formada intencional e exclusivamente por pessoas que amo e com quem já trabalhava há anos, ou décadas.”

Marão já fez 14 curtas, e conta com 667 participações em festivais por todo o mundo. O diretor é um nome conceituado e premiado no ramo das animações. Contando com sua estreia na direção de longas, Marão possui 15 filmes, passagem por 667 festivais e 127 prêmios. Em seu vasto currículo de curta-metragens, pode-se destacar “Até a China” (2015), “Eu queria ser um Monstro” (2009), “O Anão Que Virou Gigante” (2008),  “O Arroz Nunca Acaba” (2005), “Chifre de Camaleão” (2000) e “Cebolas são Azuis” (1996). O último, por sinal, marca sua estreia na direção de curtas de animação.

Marão é formado na Escola de Belas Artes da UFRJ e diretor de animação, tendo realizado catorze curtas metragens e participado de mais de trezentas animações para publicidade, internet, TV e cinema.

Foi presidente-fundador da ABCA (Associação Brasileira de Cinema de Animação), professor no curso de pós-graduação em animação da PUC durante sete anos e desde 2003 é coordenador do Dia Internacional da Animação e sócio-gerente da produtora Marão Desenhos Animados. Seus curtas foram selecionados para 667 festivais de cinema em mais de quarenta países e receberam 127 prêmios. Marão foi homenageado no 20º Anima Mundi e também recebeu retrospectivas nos festivais Baixada Animada, Iguacine, Animanima (Sérvia), ReAnimania (Armênia), Anima BR (Angola) e ANIMAGE (PE).

Sinopse

Uma mulher com esdrúxulos superpoderes, uma tartaruga com transtorno obsessivo-compulsivo e uma nuvem com incontinência pluviométrica em uma insólita jornada até as profundezas do oceano

Ficha Técnica
Direção: Marão
Roteiro: Marão
Produção Executiva: Letícia Friedrich
Elenco Vozes: Natália Lage, Guilherme Briggs e Rodrigo Santoro
Direção de Arte: Marão
Trilha Sonora: Duda Larson
Animação: Marão, Rosaria e Fernando Miller
Montagem: Alessandro Monnerat + Yohana Lazarova
Gênero: comédia, animação
País: Brasil
Ano: 2023
Duração: 75 min.
Financiamento: Secretaria de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, Fundo Setorial do Audiovisual - ANCINE, BRDE e BNDES - Banco Nacional do Desenvolvimento.

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