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Cultura

Artistas protestam na Praça Mauá

Eles reclamam do ‘pouco caso’ da Secult com relação ao Festa 2014. Criado em 1958 por Patrícia Galvão (Pagu), o festival é um dos mais antigos do País

Publicado em 03/09/2014 às 11:17

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Cerca de 20 artistas, representantes do Movimento Teatral da Baixada Santista, realizaram um manifesto público ontem de manhã, em frente ao Paço Municipal, na Praça Mauá, no Centro, contra o verdadeiro ‘descaso’ por parte da Secretaria de Cultura (Secult) do Município com relação à realização do 56º Festival Santista de Teatro (Festa).

Criado em 1958 por Patrícia Galvão (Pagu), o Festa é um dos mais antigos do País. Teve em sua organização a participação de grandes nomes das artes, como Maurice Legeard, Wilson Geraldo, Plínio Marcos e Paschoal Carlos Magno e seria realizado este ano entre os dias 16 e 28 próximos.

Porém, segundo os artistas, no último dia 25, o secretário Raul Christiano disse que a verba para realização do Festival teria sido destinada para outros eventos – como festival de inverno e tendas de verão – restando apenas R$ 4 mil para um dos principais movimentos culturais da Cidade.

Os artistas ainda reclamam que uma emenda parlamentar, do deputado estadual Luciano Batista (PTB), especialmente para a realização do festival (conhecida como verba carimbada), teria sido redirecionada para outro evento, sem o conhecimento do movimento.

Diante da situação, os artistas iniciaram uma mobilização de protesto e a Secretaria resolveu oferecer R$ 50 mil para a realização do Festa mas, segundo os artistas, não há tempo hábil para prosseguir com o cronograma planejado pelo Movimento.

Artistas fazem movimento em protesto à Secult que teria prejudicado realização do Festa

Outras reclamações

Além de inviabilizar o Festival, os artistas reclamam que a Secult vem atrasando constantemente os salários dos professores da Escola de Artes Cênicas Wilson Geraldo e demais funcionários da secretaria; não publicação de editais Fundo Municipal de Cultura (Fecult); ausência de um coordenador do segmento teatral, a retirada de R$ 50 mil do Festival Curta Santos e falta de uma política cultural.

“Não podemos admitir que a realização de um festival de tantos anos seja negligenciada. Ficamos indignados com o pronunciamento mentiroso do senhor secretário de Cultura (Raul Christiano), em rede social, que mesmo estando ciente da posição do Movimento, declarou que o Festa será realizado com aporte financeiro da Prefeitura e omitiu o contexto apresentado”, afirmam os artistas em um ofício entregue à Reportagem.

Prefeitura

Sobre a questão, a Secult explica que o Festa recebe R$ 50 mil de recursos públicos municipais para sua realização, além da cessão do Teatro Guarany, no dia 20 de setembro, para uso do evento, conforme planejado e informado à organização do festival e que não houve qualquer redirecionamento de emenda parlamentar, que foi destinada especificamente pelo deputado estadual Luciano Batista, no valor de R$ 60 mil, para a realização do Festival de Teatro de Estudantes de Santos (Festes) ‘Paschoal Carlos Magno’, que ocorre entre os dias 6 e 15 de outubro, no Teatro Guarany.

A Secult informa, ainda, que não ocorreu qualquer corte na verba para o festival de cinema Curta Santos, que receberá R$ 75 mil dos cofres públicos para sua realização, conforme planejamento do início deste ano. Sobre o trâmite da análise dos trabalhos inscritos no Fecult, a Secretaria comunica que o processo de seleção está em fase conclusiva, com a divulgação dos 30 trabalhos contemplados, cada um com verba pública de R$ 10 mil, num investimento total de R$ 300 mil, nos próximos dias.

E em relação ao pagamento dos serviços prestados por instrutores da Escola de Artes Cênicas ‘Wilson Geraldo’, o atraso decorreu em função de mudança nos procedimentos administrativos da Secult. Os débitos já estão sendo quitados.

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