Corpo infantil preservado em Palermo atrai turistas e cientistas / Reprodução/Youtube
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Há um século, o corpo de Rosália Lombardo desafia o tempo e continua a impressionar. A menina italiana de apenas 2 anos ficou conhecida como a “Bela Adormecida” por sua aparência intacta até hoje.
Morta em 1920, vítima de pneumonia, a criança repousa nas Catacumbas de Palermo. Visitantes relatam que seus olhos parecem se abrir e fechar, criando um enigma que atravessa gerações.
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A explicação para essa conservação perfeita só foi descoberta anos depois, quando vieram à tona as anotações do químico responsável pelo processo.
Incapaz de aceitar a perda, Mario Lombardo confiou o corpo da filha a Alfredo Salafia, químico italiano que desenvolveu uma técnica inovadora de embalsamamento. O resultado surpreendeu até mesmo a ciência.
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A fórmula criada combinava glicerina, formalina, ácido salicílico e sais de zinco. Essa mistura não apenas eliminou bactérias e fungos, mas também garantiu que o corpo não secasse ao extremo com o passar dos anos.
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Após o procedimento, Rosália foi levada à Capela dos Meninos, nas Catacumbas dos Capuchinhos. Desde então, tornou-se símbolo de amor paterno e de uma das maiores curiosidades da preservação humana.
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O canal Diário da Biologia & História publicou um vídeo contando um pouco mais sobre essa história:
Muitos visitantes afirmam ter visto a menina abrir e fechar os olhos. A impressão assustadora aumentou ainda mais o mistério em torno da chamada “Bela Adormecida” italiana ao longo das décadas.
No entanto, especialistas explicam que o fenômeno é apenas uma ilusão. “É uma ilusão de ótica produzida pela luz que filtra pelas janelas laterais”, explicou o curador Dario Piombino-Mascali em entrevista ao Gizmodo Internacional.
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A posição natural dos olhos, levemente entreabertos, somada à iluminação das catacumbas, cria a sensação de movimento. Um efeito visual que fez a história de Rosália atravessar gerações.
Durante décadas, o método usado por Salafia permaneceu em segredo. Foi somente após a morte dele que pesquisadores encontraram notas com detalhes da fórmula que manteve a menina tão bem preservada.
Além da técnica, outros fatores contribuíram para a conservação: o clima seco das catacumbas e a aplicação de parafina no rosto da criança ajudaram a manter sua aparência intacta.
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Hoje, Rosália Lombardo segue como a múmia infantil mais bem preservada do mundo. Um símbolo de mistério, amor paterno e ciência que até hoje atrai milhares de visitantes à Itália.