A múmia que grita parece ter tido seu mistério revelado / Foto de Wikimedia Commons
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Um dos maiores mistérios do mundo está no Egito. Pesquisadores e cientistas especialistas no Antigo Egito sempre buscaram explicações para a múmia que grita. Trata-se do corpo de um homem que, ao contrário de outros cadáveres embalsamados da época, que tinham expressões faciais calmas e tranquilas, foi sepultado com a boca aberta, cabeça inclinada para trás e uma expressão de dor intensa (por isso acreditam que ela morreu em desespero, gritando). E, ao que tudo indica, os estudiosos parecem ter encontrado a resposta.
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Crônicas e documentos antigos, além de provas genéticas de outros séculos ajudaram os pesquisadores a montar o quebra-cabeças sobre o sofrido cadáver.
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Primeiro, eles acreditam que a múmia seja o príncipe Pentawere, que foi obrigado a tirar a sua própria vida ainda no governo do faraó Ramsés III. O povo egípcio estava descontente com as ordens e forma de governar do grande faraó - havia fome e miséria - e teria se revoltado contra ele e os seus. Uma de suas esposas, então, arma um plano ousado para tentar colocar Pentawere, filho de Ramsés III, no poder, antes que o faraó fosse destronado: matar Ramsés III.
O plano é descoberto e a mulher é morta.
Pentawere é obrigado a tirar a própria vida como forma de punição ao planejar atentar contra o próprio pai.
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Ao descobrirem a múmia que grita os pesquisadores encontraram marcas iniciais de um enforcamento (o que não se confirma por não haverem lesões na laringe), além da marca de uma facada profunda em suas costas e, outra, em seu peito.
Nenhum dos tradicionais rituais de mumificação, como a retirada dos órgãos, foi feito em Pentawere, e ele foi enterrado como um traidor, com seu corpo envolto em pele de cabra (considerado impuro pelos antigos egípcios). Um clássico ritual de desgraça por sua desonestidade em vida com o próprio pai.
Daí as expressões de grito e dor, que dão nome à múmia.
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