24 de Abril de 2024 • 01:07
Benedita da Silva (PT-RJ) fez um discurso indignado na quarta-feira no plenário da Câmara dos Deputados / Divulgação
De Brasília*
A deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) fez um discurso indignado na quarta-feira no plenário da Câmara dos Deputados em resposta aos comentários ofensivos do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) feitos na última segunda-feira.
Logo a seguir a deputada convocou uma entrevista coletiva, no Salão Verde da Câmara dos Deputados, que foi acompanhada pelo Diário do Litoral. Ela foi enfática ao dizer que pediu e quer punição contra o parlamentar e que vai insistir nessa punição.
O que deixou Benedita revoltada e a tirou do sério foi uma palestra no clube Hebraica do Rio de Janeiro na noite de segunda-feira 3, quando, segundo ela, Bolsonaro disse, entre outros absurdos, que afrodescendentes de comunidades quilombolas "não servem nem para procriar". O deputado fez críticas ainda a refugiados em ambiente judaico: "Não podemos abrir as portas para todo mundo".
Aos jornalistas credenciados na Câmara Federal, a parlamentar disse: "Não podemos mais aceitar as provocações de Bolsonaro. Não tem código de ética pra ele, não tem limite pra ele.. Não podemos aceitar este papel que ele se presta para a nação brasileira, envergonhando inclusive este plenário, que tem negros, negras e brancos. E nós exigimos respeito", prosseguiu.
"Ele não respeita pobre, ele não respeita negro, ele não respeita as mulheres. Aqui ele já provou que não respeita. E não tem nenhuma punição para Bolsonaro nessa casa", cobrou a deputada. "É inadmissível que ele continue jocosamente rindo da cara do povo, um povo sofrido, trabalhador, é inadmissível que diga que vá acabar com negro e indígena nesse país. É grande a minha revolta e indignação".
Cotidiano
Imagens de câmeras de segurança flagraram o momento.
Santos
O preço, portanto, permanecerá em R$ 5,25, valor que vigora desde fevereiro do ano passado