27 de Abril de 2024 • 01:32
Mobilização de sindicalistas na greve geral na Baixada Santista começou bem cedo e foi acompanhada de perto por forte aparato da Polícia Militar / Rodrigo Montaldi/DL
“A nossa luta agora vai ser em Brasília”, esse foi o coro uníssono ontem no discurso sindicalistas, logo após a greve geral contra as reformas trabalhista e previdenciária que, apesar de não ter causado o mesmo impacto da greve do dia 28 de abril, serviu para que as centrais sindicais dessem seus recados ao Governo Federal e ao Congresso Nacional.
As mobilizações fecharam a entrada de Santos, com uma barreira humana no final da Via Anchieta e também na divisa entre Santos e São Vicente, na Orla. As manifestações também ocorreram na RPBC e no Terminal da Alemoa, devido a greve dos petroleiros e no Porto de Santos, onde a paralisação foi em terminais privativos, deflagrada por estivadores e portuários avulsos do Sintraport, que estão em campanha salarial.
As manifestações foram encerradas opor volta do meio-dia, com ato público na Praça Mauá, no Centro de Santos, onde manifestantes portando faixas e cartazes criticaram as reformas trabalhista e previdenciária pretendidas pelo Governo Federal e pediram a saída do presidente Michel Temer com a já tradicional frase “Fora Temer”.
“A partir da próxima semana as centrais sindicais vão se mobilizar em Brasília, mais precisamente no Senado, para que senadores rejeitem o texto da reforma trabalhista, cuja votação deve ocorrer entre os dias 5 a 12”, disse Ademir Irussa, secretário-geral do Sintrasaúde, entidade filiada à Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).
Manter a mobilização
Já Herbert Passos Filho, presidente dos Químicos e vice-presidente da Força Sindical, central que possui a maior representatividade na Baixada Santista com 45 sindicatos filiados, foi claro ao dizer da importância de manter a mobilização em Brasília. “Esse papel será feito pelas centrais sindicais em nível nacional e caberá a nós, de forma regional, pressionar os parlamentares, convencendo-os a votarem contra essas reformas que são nocivas contra trabalhadores, aposentados e a sociedade como um todo”.
Ricardo Saraiva, Big, diretor do Sindicato dos Bancários e Secretário da Intersindical, justificou a não paralisação do transporte público.
“Apesar da greve não ter o apoio dos trabalhadores ligados ao transporte, porque foram alvo de pesadas multas aplicadas pela justiça contra seus sindicatos, a Greve atingiu seu objetivo de paralisar o tráfego de mercadorias. A entrada da cidade e o trânsito na avenida da praia foram interrompidos até às 7h30, quando em passeata os manifestantes foram até a Pça. Mauá, no centro de Santos. Sempre escoltados pela PM que ameaçava com bombas e balas de borracha. A coordenação do movimento utilizou de habilidade para que os manifestantes não fossem alvo da repressão”.
Polícia
Um dos agentes envolvidos alegou que sua câmera corporal estava descarregada no momento dos tiros
Cotidiano
O acidente ocorreu por volta das 6h30, no cruzamento da Rua Comendador Martins com a Júlio de Mesquita