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Março Amarelo: Santos inicia mobilização para informar sobre a endometriose

A doença acontece quando as células do endométrio, ao invés de serem expulsas durante a menstruação, movimentam-se em outro sentido e adentram os ovários ou a cavidade abdominal

Da Reportagem

Publicado em 08/03/2023 às 10:28

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A endometriose acontece quando as células do endométrio, ao invés de serem expulsas durante a menstruação, movimentam-se em outro sentido e adentram os ovários ou a cavidade abdominal / Divulgação/PMS

Mais uma vez, a cidade de Santos chama a atenção para a endometriose, alteração que ocorre no tecido que reveste o útero (endométrio), cujos sintomas afetam uma a cada 10 mulheres no Brasil, de acordo com estimativa do Ministério da Saúde.

Apenas na rede municipal de saúde de Santos, 181 consultas foram realizadas em 2022 no Instituto da Mulher e Gestante (Seimge) com mulheres com hipótese diagnóstica e 79 pacientes foram encaminhadas para cirurgia no ambulatório de endometriose, que funciona no Complexo Hospitalar dos Estivadores (CHE) e tem caráter regional.

Em 2023, o Instituto da Mulher já registrou 29 consultas com foco na endometriose, com encaminhamento de 14 pacientes para cirurgia no Estivadores.

Para oferecer mais informação e sensibilizar a população em relação à doença, a Prefeitura de Santos e o grupo Endomulheres Baixada Santista e Região estão engajados na Campanha Março Amarelo – Mês de Conscientização sobre a Endometriose.

"Qualidade de vida é um tema amplo, que abrange, entre outros aspectos, o cuidado com a saúde. Santos tem se destacado como uma cidade que investe na capacitação dos profissionais de Saúde para a identificação e o tratamento de doenças, como a endometriose. Tudo isso aliado ao constante aperfeiçoamento da rede de atendimento em Saúde", afirma o prefeito Rogério Santos.

A presidente do Endomulheres, Flávia Marcelino, destaca que o Março Amarelo é um movimento mundial que alerta para a realização de exames preventivos para evitar que a endometriose atinja a sua forma mais grave, que pode gerar infertilidade e até chegar a outros órgãos.

"É uma doença progressiva e inflamatória, gerando danos ao corpo da mulher, especialmente na região pélvica e aparelho reprodutivo. Com a progressão da doença, intensificação das dores e do sangramento, a mulher fica incapacitada de realizar as suas atividades cotidianas", destaca Flávia Marcelino, presidente do Endomulheres Baixada Santista e Região.

PROGRAMAÇÃO

O primeiro evento da Campanha Março Amarelo em Santos neste ano é o seminário 'SBE e Elas', promovido pela Sociedade Brasileira de Endometriose e pelo Endomulheres nos dias 10 e 11 de março na Casa de Saúde de Santos (Rua Machado de Assis, 92, 15º andar - Boqueirão), de forma híbrida (presencial e on-line).

O evento é gratuito, aberto a qualquer interessada. Mais informações e inscrições no link https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLSdieQFrXLsPSl2XeRVjfjjzG7uK43W9p3pBpEmflHVEKFMHeg/viewform?vc=0&c=0&w=1&flr=0. 

No dia 18 de março, é a vez do 'Café com a Fisio'', das 9h às 12h. A fisioterapeuta Cinira Assad, especializada em fisioterapia pélvica, obstétrica, oncológica e vascular, vai tratar sobre a importância da fisioterapia pélvica e dos exercícios físicos no tratamento da endometriose. O endereço é Av. Conselheiro Nébias, 756. O encontro é gratuito, mas é necessário agendamento pelo link https://www.sympla.com.br/evento/cafe-com-a-fisio/1890404. 

Entre os dias 20 e  25 de março, os monumentos santistas estarão iluminados com a cor da campanha. Receberão a cor amarela o Paço Municipal (Centro), as palmeiras imperiais da Avenida Ana Costa (Gonzaga) e o viaduto Paulo Gomes Barbosa, na entrada da Cidade.

No dia 25, Santos será uma das 12 cidades brasileiras a participar da 10ª edição da Endo Marcha Brasil. A partir das 10h, a concentração acontece na Concha Acústica (praia do Gonzaga, em frente ao canal 3). O trajeto será até a Praça das Bandeiras (praia do Gonzaga, em frente à Avenida Ana Costa). A participação é gratuita.

"É importante estimularmos a conscientização para todas as causas relacionadas à saúde e ao bem-estar. O Março Amarelo é mais uma oportunidade para propagarmos conhecimento sobre a endometriose, pois a informação faz com que as mulheres procurem os serviços de saúde para uma melhor investigação da condição clínica. Quanto mais pessoas dialogando sobre o tema, mais mulheres terão conhecimento sobre o diagnóstico, o tratamento e a importância do apoio emocional para quem enfrenta essa doença. Precisamos estar juntas e fortalecer os debates em prol da qualidade de vida das santistas", afirma Renata Bravo, vice-prefeita e secretária da Mulher, Cidadania e Direitos Humanos de Santos.

A DOENÇA

A endometriose acontece quando as células do endométrio, ao invés de serem expulsas durante a menstruação, movimentam-se em outro sentido e adentram os ovários ou a cavidade abdominal, podendo provocar cólica intensa e progressiva durante o período menstrual; dor nas relações sexuais; dor e sangramento intestinais e urinários durante a menstruação, dificuldade para engravidar e infertilidade nos casos mais avançados da doença, devido a alterações anatômicas, obstrução de trompas e alteração na evolução.

Mesmo com sintomas tão incômodos, nem sempre a endometriose é diagnosticada precocemente.

"O quanto antes a doença for detectada, menores serão os prejuízos para a saúde da paciente. Os profissionais que atuam nas nossas policlínicas foram capacitados para melhor identificar os sinais e sintomas da doença e encaminhar a paciente o mais breve possível para atendimento especializado", pontua o secretário de Saúde, Adriano Catapreta.

ONDE BUSCAR AJUDA

Na rede municipal de saúde de Santos, a porta de entrada é a policlínica de referência do endereço de moradia da pessoa. A primeira consulta ocorre na unidade do bairro e, havendo a suspeita diagnóstica para endometriose, a paciente é encaminhada ao ambulatório especializado no Instituto da Mulher. Após a confirmação, é encaminhada para cirurgia.

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