26 de Abril de 2024 • 07:16
Audiência foi coordenada pelos vereadores Augusto Duarte (PSDB), Fabiano Reis (PR) e Zequinha Teixeira (PSD), membros da Comissão de Obras da Câmara de Santos / Matheus Tagé/DL
Uma audiência pública realizada ontem, na Câmara de Santos, tratou de oito obras atrasadas no município.
Convocada pela Comissão de Obras, Habitação Social, Serviços Públicos e Transportes do Legislativo, a reunião abordou os trabalhos na Unidade Básica de Saúde (UBS) Areia Branca, UBS Piratininga, Unidade Municipal de Ensino (UME) Marapé, Centro de Atendimento ao Turista e Comércio de Artesanato, Praça da Paz Universal, Complexo do Rebouças, Ginásio Esportivo M. Nascimento e Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da Zona Noroeste.
A audiência teve como foco a presentação do cronograma físico/financeiro destas obras. Foram chamados para prestar esclarecimentos o engenheiro Nilson da Piedade Barreiro, primeiro adjunto da Secretaria de Infraestrutura e Edificações, e o arquiteto Ronald do Couto Santos, chefe do Departamento de Obras Públicas, vinculado à Secretaria de Serviços Públicos.
Rebouças
O Complexo do Rebouças teve a obra iniciada em abril de 2014 e orçada em mais de R$ 4 milhões. A reforma passou por dois aditamentos, cada um orçado em pouco mais de R$ 1 milhão. De acordo com os representantes das secretarias, a obra será tocada de acordo com a chegada de repasses vindos do estado.
“Temos um recurso disponível que é limitado. Ao consumir esse recurso, prestamos conta e vamos aguardar os próximos repasses do Dade. Temos R$ 440 mil em conta antes de pedir o próximo repasse”, explicou Couto. Com esse valor, a Prefeitura irá concluir a quadra de malha, os vestiários da piscina e avançar todas as etapas da piscina até o limite do ponto que se iniciaria a parte de acabamento do equipamento.
UBS Areia Branca
A obra da UBS era para ter sido concluída em 2015, mas passou por um aditamento que elevou o custo e o tempo de entrega, sendo prorrogado para fevereiro deste ano. Segundo Nilson da Piedade Barreiro, a obra se encontra suspensa devido à falta de repasses da Prefeitura para a empresa contratada. “Por um desiquilíbrio financeiro a gente paralisou esta obra. Estamos retomando, junto com a Secretaria de Finanças”, explicou o engenheiro.
UPA Zona Noroeste
A UPA deveria ter sido entregue em janeiro de 2016. Mas passou por três aditamentos, tendo seu novo prazo de entrega estimado em abril deste ano. Segundo os técnicos, a Prefeitura já conta com os recursos, oriundos do Governo Federal, mas enfrentou dificuldades de cronograma executivo.
“Persistia ali um conflito entre a rede de alta tensão da CPFL e alguns elementos construídos do edifício. Até dezembro de 2016 a rede de alta tensão estava ali. Foram mais de seis meses de tratativa com a CPFL até que ela fizesse o afastamento de rede. Isso impactou de maneira significativa o cronograma desta obra”, disse Ronald do Couto Santos, afirmando que haverá outra prorrogação de prazo de entrega.
Outras obras
A UBS do Piratininga está paralisada após a empresa entrar em processo de falência. Ela se encontra em processo de sanção contratual. Uma nova licitação deve ser aberta para dar prosseguimento à obra.
A UME do Marapé teve um descompasso financeiro nos repasses. A empresa não está com as certidões em dia para poder retomar a obra. Ela está revendo o processo de regularização junto à Receita Federal. A estimativa é que a obra retorne em abril.
No caso do Centro de Atendimento ao Turista também houve desiquilíbrio financeiro e a obra está paralisada por falta de pagamento da Prefeitura.
A obra da Praça da Paz Universal é realizada com recurso do Governo Federal, que já foi repassado e está em vias de ser retomada. É a mesma empresa que realiza as obras na UME do Marapé e no Rebouças.
Já no Ginásio Esportivo M. Nascimento, a obra está 80% concluída e deve ser retomada após recebimento de repasse.
Munícipes criticam atrasos e cobram providências sobre problemas
Alguns munícipes utilizaram o microfone para criticar a postura da Prefeitura de Santos em relação aos atrasos e cobrar providências dos vereadores.
“Eu não ouvi de vocês que vocês erraram no planejamento de nada. Eu quero saber quem vai ser o culpado e quem vai pagar por isso. Desiquilíbrio financeiro é irresponsabilidade”, disse Victor Panchorra, da página Sobreviver em Santos, no Facebook.
Moyses Fernandes, do Observatório Santista, cobrou a aparição de outras obras atrasadas e disse que, além do responsável pelos atrasos, é preciso olhar para quem está sendo prejudicado. “A população é a grande prejudicada que não consegue atendimento naquele local ou que precisa se deslocar para outras unidades para conseguir o atendimento”.
A líder comunitária Josefa Maria Conceição Campos falou sobre a demora na entrega da UBS da Areia Branca. Segundo ela, sem a unidade é necessário ir para o Bom Retiro. “Eu quero o transporte dos moradores que frenquentam a UBS do Bom Retiro e moram na Areia Branca. São pessoas de idade, impossibilitadas, e ficam nesse jogo de empurra entre Secreataria da Saúde e Prefeitura”.
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